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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Magia da Criança



Imaginem uma criança com menos de sete anos, possuindo a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozando a imunidade própria dos inocentes. Esta é a entidade conhecida na umbanda por erê. Fazem tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas, ou seja, o refrigerante e tratam a todos como tio e vô. Não sei. Às vezes fico atrapalhado. Acho que tem a ver com minha idade esta manifesta ir rita ção. Por outro lado, algumas vezes fico deslumbrado com a eficiência de seus trabalhos. Uma vez telefonou-me um fazendeiro assustado pelas mortes de seu gado. Achava ser trabalho feito. Ele foi no terreiro, tendo sido atendido normalmente. No final do trabalho uma criança incorporada chamou-o e, com uma pemba, fez um desenho no chão como se fosse um mapa todo recortado. No meio desenhou três corações e desenhou um risco, como um rio, fazendo um encontro com outro. Tio, falou. Os corações simbolizam seus três filhos.
O homem confirmou. Mostrando o mapa, disse ser a sua casa, construída com vários pedaços. O homem explicou ser sua fazenda constituída de várias áreas. Apontando exatamente no encontro dos riscos, disse estar ali o problema, estando a água cheia de veneno e onde os bichinhos do tio estavam morrendo. Mais tarde o fazendeiro telefonou-me dizendo estar a água do rio realmente envenenada por agro-tóxico. Outra vez, no encerramento do trabalho uma experiente médium deu sinais de incorporação de criança. Claro, disse-lhe não permitir a incorporação, afinal estávamos encerrando a gira. Mas não deu. Ela incorporou e batendo palmas e bunda no chão, veio ao meu encontro pedindo um dólar. Um dólar? Respondi. O que você vai fazer com um dólar? Ela insistiu: quero um dólar. Achamos graça.
A cena foi alegre e descontraída. Alguém tem um dólar para a criança? perguntei ironicamente. Da assistência uma moça fez sinal afirmativo. Fiquei perplexo. Somente eu conhecia o seu problema. Tinha câncer maligno nas cordas vocais e tinha cirurgia marcada. Da ironia à seriedade, convidei a moça para entrar no terreiro e fazer a entrega do dólar ao erê. A entidade fez festa ao dólar, deixou-o de lado e agarrou-se na garganta da moça fazendo-lhe leves passes magnéticos. Ela fez a cirurgia na terra, mas está curada. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro. A incorporação da criança é típica. Sempre andam se arrastando e dificilmente ficam em pé. Perguntaram ao Pai Maneco por que a incorporação se dá desta forma? "Se não for assim, ninguém conseguirá controlar a gira", respondeu lacônico.

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