sejam bem vindos

queridos seguidores agradeço a voçês por fazerem parte do meu blog ou melhor nosso pois este blog foi feito para mostrar um pouquinho da nossa umbanda querida .























fran























amigos sejam um dos seguidores do nosso blog para vocês ficarem atualizados nas novas atualizaçoes bjos axé















quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Natal e Ano novo


e o que a Tenda de umbanda Cacique Pena Branca deseja a todos os seguidores, visitantes e amigos que esta com nosco todos os dias mesmo que seja através de uma telinha .


feliz 2012


A todos .....
que todos os sonhos se tornem realidade

Oração do umbandista


Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa comunicação.

Onde há tantos que mistificam, que eu leve a palavra da verdade!
Onde há tantos que fecham os olhos para a prática do bem, que eu abra meu coração pra acolher.
Onde há tantos que usam a umbanda como comercio, que eu seja usado pela umbanda para a caridade.
Onde a vida perdeu o sentido, que através da umbanda eu leve o sentido de viver.
Onde haja a doença que eu leve a vibração da saúde do meu Pai Omolú.
Onde há desespero que eu leve o amor das Iabás.
Onde houver desânimo que eu leve a determinação de Pai Ogum.
Onde houver injustiça que eu leve o discernimento e a justiça de Pai Xangô.
Onde há tantos que me pedem um milagre que eu seja a humildade de um preto-velho.

Agradecimento pelas Dadivas

Obrigado meu Pai Oxalá
Pela fé que me sustenta
Pelos amigos que fiz e continuo fazendo
Pelas bênçãos de Ogum
Pela proteção de Iemanjá
Pelo amor de Oxum
Pela força de Iansã
Pela retidão de Xangô
Pelo colo de Nana
Pelo equilíbrio de Oxossi
Pelas curas de Omulú
Pelas cores de Oxumarê
Pelas folhas de Osanhe
Pelas Crianças que enchem
de alegria nossos terreiros
Pela amizade dos Boiadeiros
Pela humildade dos Preto-Velhos
Pelas Almas Santas e Benditas
Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira

Nós dormimos tranqüilamente enquanto outros perdem o sono pensando em nós...
Nós construímos o nosso sucesso, outros julgam nossos aplausos...
Nós temos simpatia, humildade e brilho próprio, outros tentam ofuscar a nossa luz...
Nós estamos sempre correndo na frente, outros esperam pra pegar carona nas nossas costas e tentar nos derrubar...
Nós recebemos aplausos, outros procuram saber quem nos vaia...
Nós criamos, outros copiam, porque a vida infelizmente é assim...
A novela da nossa vida outros assistem, mas nós somos os únicos autores...
Nós tememos aos invejosos? Jamais, enquanto os outros se preocupam conosco, nós nos preocupamos em ficar cada dia melhor !!! e é por estas e outras que eu me orgulho em ser umbandista.

terça-feira, 15 de março de 2011

conversando sobre Umbanda

Umbanda é prática da Caridade. Mas Caridade não é colocar as pessoas no colo e resolver os problemas delas. Caridade não é apenas consolar, mas também Esclarecer.
E a Umbanda para isso, coloca inúmeras ferramentas energéticas, magísticas, espirituais e conscienciais a nossa disposição. Nós umbandistas temos o dever de repassar essas ferramentas, de fazer com que não apenas os médiuns e integrantes da corrente conheçam as “mirongas de Umbanda”, mas de forma simples e prática, devemos também repassá-las para que a assistência para que ela também se beneficie, quebrando sua dependência em relação aos guias.
Umbanda é Esclarecimento. Pois ela também nos Esclarece em relação ao mundo espiritual, as leis karmicas, de afinidades, a respeito dos Orixás e da família espiritual de cada um e do nosso papel perante todas essas diversidades.
Tantos são os assuntos que poderiam ser ventilados dentro dos terreiros para melhor desenvolvimento pessoal de cada um, pena que a maioria dos umbandistas estão mais preocupados com os fenômenos e com a manifestação física, esquecendo de se voltar para a filosofia espiritualista para sua doutrina que está no âmago e na sustentação da religião de Umbanda.
As pessoas insistem em ficar culpando a espiritualidade por suas condições pessoais, buscando jogar a culpa nos “Diabos”, mas esquecem que o verdadeiro “diabo” não é rabudo e nem tem chifres. Não é vermelhinho, nem anda com tridente algum. No entanto, espeta como ninguém, principalmente quando usa a auto-culpa das pessoas como meio comum para suas estocadas ocultas.
O verdadeiro diabo não é ostensivo, pelo contrário, é discreto demais, mas é radical em seus propósitos. Ele age na calada oculta do ego, sempre estimulando as reações extremadas, mesmo aquelas disfarçadas de causas justas, ou aquelas revestidas de aparente raciocínio crítico. Ele gosta dos corações empedernidos no ódio e das mentes ressequidas de orgulho.
O verdadeiro diabo não criou inferno algum, pois ele já o encontrou plasmado dentro das pessoas cheias de medo e culpa. E, para sua própria surpresa, descobriu que o tal inferno não é um lugar, mas um estado de consciência, mantido pelas próprias pessoas. E ainda mais: descobriu que ali não é quente, pelo contrário, é um clima sombrio e frio, sem o calor da luz e sem o viço da alegria.
Pois é, o inferno é um estado de consciência, e o diabo não é uma entidade maléfica à parte do ser humano, nem mesmo um ser criado por Deus. Não mesmo!
O verdadeiro diabo se chama IGNORÂNCIA, e as pessoas o adoram, principalmente os fundamentalistas de qualquer área, seja religiosa, técnica ou espiritualista, que simplesmente são os seus maiores divulgadores.
Esse é o diabo que precisa ser exorcizado dos homens: a ignorância em qualquer de suas manifestações.
Cuidado pois a SABEDORIA pode também se tornar ignorante. È isso mesmo a majestosa sabedoria, que é o acúmulo de conhecimentos vivenciados, através de uma nova personagem que é a VAIDADE pode se tornar sim ignorante.
O Poder da vaidade é tamanho que quando iniciamos em uma nova trajetória de conhecimento e chegamos num determinado momento dessa aprendizagem, começamos a pensar se devemos continuar e desvendar os objetivos daquele ensinamento ou se não já sabemos o suficiente e devemos parar.
Mas qual é o papel da vaidade senão proteger-nos de uma sabedoria que, se atingida, nos dará a capacidade para reconhecê-la, transferindo para nosso consciente o saber de como reconhecer atitudes de pura vaidade, tanto as nossas e quanto as das outras pessoas.
Não subestime sua vaidade! Na maior parte do tempo acreditamos que a controlamos ou mesmo que não a possuímos. Mas o que é isso senão a vaidade de não nos vermos como pessoas soberbas.
Quando somos obrigados a abandonar algo, que reconhecemos como fonte de algum prazer, alegando, por exemplo, que não temos interesse, é a vaidade novamente salvando-nos, ao satisfazer o inconsciente com a falsa percepção de que não carecemos desse prazer e, por isso, não continuamos adiante. Nesse momento, a vaidade troca a batalha da sabedoria que nos impulsionaria a encontrar formas para atingir aquele prazer, direcionando-nos diretamente para as glórias da ignorância que nos permite “imaginar saber” como seria desfrutar daquele prazer.
Mas, ter sabedoria é bem diferente de obter informação, pois, enquanto a informação se resume em quanto conteúdo que alguém pode assimilar sobre um determinado assunto, mesmo sendo este conteúdo fruto a sabedoria do outro; a sabedoria, na realidade, representa o processo psíquico que organiza de forma racional qualquer fato, acontecimento, informação ou pensamento, permitindo que nós mesmos reconheçamos seu conteúdo, e o colocamos em prática no nosso dia-a-dia.
Por sua vez, a ignorância é bem diferente de desconhecimento, pois, enquanto o desconhecimento representa apenas tudo àquilo que ainda não foi vivenciado ou apreciado por nossa razão, incorporando-se ao nosso inconsciente como conhecimento ou enquanto forma de saber; a ignorância é a consciência que temos da ausência do conhecimento.
Mas o que a vaidade tem a ver com tudo isso?
A vaidade surge em nossas vidas ainda na infância, quando passamos a ter a percepção de nós mesmos e com o tempo, enquanto evoluímos, ela evolui também. O problema é que a vaidade pode evoluir mais, ou menos, que nós mesmos evoluímos enquanto seres humanos e de forma “independente”, posto que a vaidade é fruto de nossa “psique”.
Ficou confuso! Mas, é isso mesmo! A vaidade evoluindo mais ou menos que nossa personalidade (nós mesmos), sempre influenciará nossas atitudes e, por ser “independente”, subjuga nossa sabedoria ou desperta nossa ignorância, evitando, assim, que atinjamos o saber, e passamos a barganhar com nós mesmos ofertas de um pouco de conhecimento ou algo que nos dê prazer.
Assim, a IGNORÂNCIA é a prisão da SABEDORIA e a VAIDADE sua fiel sentinela.
Então, esse é o momento de adquirir conhecimentos para transformar as experiências da vida em sabedoria, para assim vencer a ignorância e desfrutar de todo prazer que puder obter. Não desista ainda, pois se você chegou até aqui é porque seu inconsciente (sabedoria) está interessado em evoluir e, assim, poder tirar suas próprias conclusões com base no conhecimento (do saber) vencendo a ignorância (do desconhecimento).
Acredito que agora você já esteja conseguindo identificar a diferença entre possuir uma informação e ter conhecimento.
Quem nunca presenciou debates onde os participantes buscam primeiro defender seus pontos de vista de modo a sobressair aos do outro! Onde está o debate em torno do tema?
O que vemos aí é apenas a vaidade de cada um que, escondendo a ignorância, luta com os mais ardentes argumentos para que suas informações (desconhecimentos) não sejam vistas como inverdades (ignorância).
Infelizmente, nós criamos o hábito de valorizar, por pura vaidade, aqueles que, de alguma forma, mesmo que reprováveis, conseguiram alguma posição ou prestígio social, e quando fazemos isso, não nos damos conta de que nosso próprio esforço, conhecimento, realizações, etc, somente terão o reconhecimento merecido quando, de alguma forma, estivermos de outro lado, em igual situação.
Devemos aprender a valorizar o saber, o conhecimento. Um sábio acaba frustrando nossa vaidade, pois nos obriga a pensar para chegar às nossas próprias conclusões, mesmo com o risco de fracassar, ao passo que o ignorante apenas afirma o que já sabemos, dando-nos a falsa impressão de possuir tanto saber quanto ele, não nos acrescenta nada, mas acabamos nos sentindo valorizados. Vaidade, vaidade, vaidade… tudo é vaidade.
Lembre-se: Tem coisas que nenhum passe, nenhuma magia, nenhum banho ou defumação irá resolver. Mas talvez uma boa conversa, um bom livro ou apenas uma nova visão em relação à vida ou a situação possa ajudar a mudar.
A Umbanda está cheia de milagres e encantos, cheia de exemplos de superação, simplicidade e humildade. Mas esses milagres e encantos, esses exemplos são simples, acontecem a todo o momento, que acabamos por banalizá-los e não os percebendo. Faz-se necessário que deixemos nossa vaidade de lado, acabando com a ignorância, para que assim possamos seguir rumo a evolução proposta pela UMBANDA.
Então, escute, ouça, sinta… Seja um com Ele! Nisso reside todo Mistério.

A importancia do estudo na umbanda

Assim como ao futuro acadêmico, ao engenheiro e ao médico, assim como em outras profissões, compete iniciar seus estudos quando criança pela cartilha primária, sendo alfabetizado, posteriormente aprendendo os conhecimentos básicos que o permitirá tentar no futuro os estudos mais complexos de uma determinada profissão, ao umbandista/médium, é necessário também começar o seu desenvolvimento religioso pelas lições básicas da Umbanda. O homem pode formar-se médico, advogado, chegar a ser um doutor, mas ele sempre terá começado pela alfabetização, pelo básico, e mesmo as profissões mais singelas, hoje são dotadas de cursos profissionalizantes baseados em conhecimentos técnicos a fim de orientar as experimentações mais comuns. Eliminamos as indecisões, os equívocos e os transtornos comuns das tentativas empíricas sem métodos quando preparados pelo estudo teórico e prático orientado por um profundo conhecedor do assunto, sensato e experimentado. Na Umbanda, para sermos bons umbandistas/médiuns, o estudo teórico e prático orientado nos proporciona conhecer a história, os rituais, a disciplina, a hierarquia, as sensações e percepções envolvidas no dia a dia e no trabalho umbandista. O estudo afasta o medo, a censura, o sarcasmo, o senso de ridículo, pois nos proporciona entender como tudo acontece, dentro e fora de um terreiro. O estudo nos proporciona êxito em nossas atividades a favor do próximo e, principalmente, a favor de nós mesmos. O êxito está proporcionalmente ligado ao equilíbrio moral e emocional, fruto da disciplina, do autoconhecimento, da fé e da entrega do umbandista. Só chegamos ao preparo necessário aprendendo a amar nossa religião.Para amá-la precisamos entendê-la. Para entendê-la precisamos estudá-la. Assim como não confiaríamos nossa saúde a alguém que não tenha estudado por longos anos e se formado médico, é claro que também não poderíamos confiar na capacidade, na segurança e no entendimento de qualquer umbandista/médium que ignore a necessidade primária de estudar e entender sua religião.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A INCORPORAÇÃO

A "Incorporação" se dá através da utilização do(s) chacra(s) do médium pela entidade. De certa forma poderíamos comparar à uma espécie de "osmose' entre entidade e médium. Ou como dizem alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chacras de forma a controlar em maior ou menor grau de consciência ( Numa variação de controle que vai em média de 30% a 80% segundo algumas fontes), tomando assim do sistema fônico,mental e da parte motora do médium, e se faz uso para seu trabalho. Sabe-se que as entidades desencarnadas precisam de algo que somente o ser encarnado possui, o ectoplasma. E é dele que se utilizam para suas comunicações e trabalhos. A grande maioria das incorporações são do tipo semi-conscientes em maior ou menos grau de consciência por conta do tipo de médium/entidade/trabalho a ser feito e também, porque não mencionar(?) da paciência de cada um. E que as mediunidades do tipo totalmente inconscientes estão diminuindo cada vez mais. A cumplicidade é fundamental para melhoria das relações entre médium e entidades e para as resultantes de seus trabalhos, sendo um trabalho de dois, tenhamos nós médiuns uma co-responsabilidade para com aquilo que for dito ou feito pelas entidades, já que fazem uso do nosso mental e do nosso corpo. E se para se ter uma boa ligação mediúnica é necessário a participação de dois, então para se interromper ou frear uma comunicação indevida , supõe-se que a interferência de um, altere o equilíbrio geral e de alguma forma possa interromper ou reajustar o rumo da comunicação. É o que vulgarmente se chama de "morder a língua" da entidade( ou seja a nossa mesma). O certo é que apesar de ser confuso no início do desenvolvimento, deixando dúvidas e incertezas em médiuns, temos que considerar algumas situações: o corpo utilizado pelas entidades, pertence ao médium, logo , deve ser utilizado pelas mesmas com respeito e cuidado; as situações a que se expõem involuntariamente em alguns casos os médiuns inconscientes não tem lógica de acontecer com os que não o são, a menos que esses dêem sua permissão - já vi entidades de médiuns inconscientes fazerem coisa com seus corpos que jamais permitiria que fizessem com o meu; o fato de ser semi-consciente já dá ao médium a idéia da co-responsabilidade que ele tem para com o que está sendo feito; é uma ótima fonte de aprendizagem , pois permite ao médium aprender com os ensinamentos passados pelas suas entidades, aos consulentes e deles aproveitar boa parte para seu próprio desenvolvimento; leva o médium a estudar e aprender mais para compartilhar com suas entidades esses conhecimentos ( que elas utilizam de seu mental) de forma a melhorar e ampliar as consultas. É chato ser consciente, nos deixa inseguros, vigilantes sobre nós mesmos, responsáveis pelos resultados, sem a desculpa deliciosa de não ver e não saber, ou seja não ter nada a ver com o assunto, sem poder jogar a culpa no outro, coisa, aliás, muito humana. O Astral Superior, com certeza sabe aquilo que é melhor para cada um. Creio que a tendência é que tenhamos cada vez menos fenômenos físicos, daqueles que foram necessários para provar a existência dos espíritos e cada vez menos dos médiuns inconscientes, o que forçará os médiuns a participar com algo mais que seu corpo, seu tempo e sua boa vontade Terão que participar com a mente, o espírito e a responsabilidade. Terão que estudar e evoluir, sem direito às desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja cultural/intelectual. È uma maneira de forçar o ser a evoluir. Nós evoluímos, as nossas entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas mudanças já ocorreram. Mudaram-se os tipos de problemas que o ser humano tem, também mudaram as necessidades básicas que levam os consulentes ao centro. As entidades se atualizam, seja através do mundo astral e/ou do conhecimento material que recebem/percebem através do mental de seus aparelhos. Enfim, não temos o direito de dizer se este ou aquele médium é ou não consciente, essa é uma decisão que pertence À espiritualidade e, quem sabe, fez parte da escolha de cada um antes de retornar da pátria espiritual. O que realmente podemos fazer é cuidar muito bem de nossas responsabilidades mediúnicas e auxiliar nossos irmãos, seja qual for seu tipo de mediunidade a caminhar e cumprir suas missões, se não conseguirem compreender o todo, ao menos que possam sentir-se o melhor possível, o mais confortados e apoiados em suas jornadas. Mediunidades, entidades, médiuns, não há que se dizer que esse é melhor que aquele, até porque esse é um julgamento que não nos pertence.

VEJO TUDO ESTOU MISTIFICANDO?

O grande medo de todo médium que inicia sua caminhada na Umbanda é o da incorporação consciente. Nove entre dez médiuns sentem-se inseguros em suas primeiras incorporações. É muito comum ouvirmos frases do tipo “Eu vejo tudo, não posso estar em transe”. Há muitos anos as entidades deixaram de usar a inconsciência como fator preponderante para o bom trabalho exercido pelo médium. Muito pelo contrário, hoje sabemos que noventa e cinco por cento dos médiuns são conscientes ou semiconscientes. A inconsciência completa é muito rara e pouquíssimas vezes revelada, justamente para não causar essa insegurança tão presente em nossa religião. Pensemos no exemplo da água misturada ao açúcar. Quando adicionamos um ao outro teremos um terceiro liquido inteiramente modificado, mas com ambos os elementos nele. Assim se processa a incorporação, a mente do médium aliada à energia gerada pela entidade que se aproxima , unem-se em perfeita harmonia e conseguem, utilizando os conhecimentos de ambos, um trabalho mais compacto e correto. Não se acanhe em dizer que é consciente, pois a insistência dessa postura pode levá-lo a falhas que aí sim, dará margens à suspeitas de mistificação. Nos primeiros anos da Umbanda havia a necessidade da inconsciência, os médiuns tinham vergonha de entregar-se ao trabalho sem reservas. Como deixar que um espírito se arrastasse pelo chão falando como criança? Ou ainda sentasse em um banco com um pito na boca? Eram atitudes que assustariam o aparelho e o levariam a afastar aquela entidade. Com a evolução constante da lei, todos conhecem perfeitamente as capas fluídicas que nossas entidades usam e não existe mais a necessidade delas esconderem de seus médiuns a forma com que se apresentam.

Busca da Inconsciência

Acredito que hoje a incorporação com inconsciência ou semiconsciência é algo que se conquista com o tempo e, também, que todos têm a possibilidade de atingir este nível de mediunidade. Claro que a consciência, assim como a semiconsciência, são oportunidades únicas e divinas que temos para aprender o que é compaixão e para exercer a nossa real reforma íntima. No entanto a inconsciência parece ser o “sonho de consumo” para muitos médiuns e para eles nada melhor do que o tempo. Mas por que o tempo? Porque com o tempo aprendemos a entender o plano astral e a confiar na Espiritualidade e nos Guias Espirituais que nos sustentam mas, principalmente, aprendemos a amar. Entender o plano astral é fundamental e quando isso não acontece bloqueamos as informações do próprio astral. O fato é que se não conhecemos, por exemplo, as ações maléficas de um egum não as reconheceremos a nível energético ou espiritual e, com certeza, as ações do Guia, assim como a comunicação dele conosco, será muito difícil e duvidosa pois a insegurança e o medo serão alimentados pela nossa falta de conhecimento. Também é fundamental confiar nos Guias Espirituais e para isso é importante conhecê-los. É importante saber quais são suas afinidades com as ervas ou com as pedras, seus pontos de força, suas vestimentas, suas armas e seus símbolos astrais. Conhecer suas formas de trabalho como, por exemplo, se são curadores, demandadores ou doutrinadores, assim como saber se a nossa ligação com este Guia é cármica, missionária, temporária (com a finalidade de aprendizado para ambos) ou se Ele é nosso protetor. E por aí vai! São informações simples mas que fazem toda a diferença pois servem para que se criem laços “de baixo para cima”, afinal os laços de cima para baixo já existem, além de facilitar muito todo o trabalho espiritual e a própria incorporação. A partir daí o medo e a insegurança começam a diminuir e, com certeza, as coisas ficam muito mais simples. Uma frase que sempre digo é que “não se pode amar aquilo que não se conhece” e a Umbanda, assim como os queridos Guias Espirituais, necessitam de nosso amor. Um amor de alma, que se manifesta na hora de alegria mas, principalmente, na hora da dor. Quando falamos em amar falamos em não julgar. Aí está a verdadeira manifestação do ser como “instrumento”, manifestação essa tão solicitada pelos Guias Espirituais e que muitas vezes somos testados pelo próprio plano astral. Um bom exemplo disso é quando ouvimos dos consulentes erros idênticos àqueles que convivemos ou combatemos em nosso dia a dia junto à nossa família, nossos amigos ou conosco mesmo. Nesse momento somente um verdadeiro instrumento de Deus. ou seja, um médium confiante na espiritualidade e com amor incondicional para realizar uma boa consulta junto com o Guia, sem julgar ou interferir. Claro que podemos acelerar esse tempo e para isso temos duas necessidades: Primeiro a de estudar a doutrina Umbandista e segundo a de exercitar aquilo que conscientemente ouvimos dos Guias Espirituais de Luz. Necessidades essas que, na verdade, representam todo um processo de Fé, Amor, Compaixão e Caridade e que devem ser exercitadas por todos os Umbandistas incondicionalmente. Aos que galgam a inconsciência para terem Fé, para se esconderem atrás dela se isentando de suas responsabilidades ou para fazerem dela suas muletas de ego e vaidade, saibam que é muito mais honroso a realização de um bom trabalho no limite da consciência ou semiconsciência do que uma manifestação grandiosa mas inconsciente.

Início da Mediunidade – Por que ficamos ansiosos?

A maioria dos médiuns tem sua iniciação mediúnica – momento em que suas faculdades mediúnicas já despertadas passam a ser utilizadas de modo sistemático e mais intenso, dentro dos rituais e trabalhos existentes numa casa umbandista – marcada pela difícil fase da ansiedade e da adaptabilidade que esse começo representa.Ansiedade no médium iniciante pode trazer algumas situações desconcertantes como : Ficar pensando de modo intenso nas coisas ligadas à espiritualidade; Ficar com os pontos cantados ecoando na mente; Ficar cantando a qualquer momento e lugar os pontos cantados; Conversar somente sobre o assunto espiritualidade a qualquer oportunidade em que hajam mais pessoas que pertençam à mesma religião ou casa; Ler muitos livros sobre o assunto, querendo esgotar todos os pontos de dúvidas; Querer conhecer tudo sobre a Umbanda num espaço de tempo curto; Ter sonhos constantes com rituais, entidades, trabalhos; Ficar vendo em qualquer situação algum tipo de ligação com a espiritualidade; Não parar de preocupar-se em manter-se dentro das condutas que sua casa pede; Querer incorporar logo; Ficar muito preocupado se está mesmo incorporando uma entidade ou se está apenas imitando uma entidade; Desejar ardentemente que tenha a inconsciência durante as incorporações; Querer aprender tudo sobre os rituais que sua casa pratica, chegando ao ponto de perguntar de tudo a todos os demais médiuns mais experimentados; Querer saber tudo, através de relatos de outros médiuns, o que ele fez quando estava incorporado, o que a entidade falou, deixou de fazer; Passar a realizar em seu próprio lar, uma verdadeira transformação de hábitos, querendo que todos tomem banhos de defesa, defumem-se, orem, cantem, entre outras coisas; Querer erigir algum tipo de altar ou espaço sagrado em seu lar, tentando imitar o mais perfeito possível a quantidade de imagens, a disposição dos santos que há em seu templo umbandista; Querer que suas entidades receitem rapidamente a confecção ou aquisição das guias (colares) e quanto maior o número de guias melhor; Desejar ardentemente que tenha incorporações “fortes”, isto é, que as entidades já venham de modo com que não gerem dúvida a ninguém; Que suas entidades já risquem seus pontos e que seja algo bem impressionável; Que suas entidades deêm logo seus nomes e torce para que sejam nomes “fortes” e conhecidos; Querem decifrar todos os símbolos que suas entidades desenharam em pontos riscados; Querem saber da história, vida, ponto cantado e tudo o mais sobre suas entidades;Essas situações e mais outras não citadas são consideradas até normais e encaradas por aqueles outros médiuns mais tarimbados como coisa comum de se acontecer. E de fato é.O que o dirigente e os médiuns mais experientes devem fazer é aconselhar esses neófitos, direcioná-los em atividades que os tirarão um pouco desta fixação, é ouví-los e explicar cada uma das dúvidas e dificuldades existentes.Toda essa ansiedade é temporária e assim que o novo médium for tendo mais e mais experiências, ele passa a lidar de modo mais natural, menos ansioso e aflito com essas situações.O tema deve ser abordado de modo atencioso, respeitoso, prático e esclarecedor para poder dar melhor formação espiritual e criar uma estrutura mediúnica mais eficaz à própria casa, uma vez que estes novos médiuns passam a compor o já formado corpo mediúnico da casa, fazendo número e qualidade na força da corrente da casa umbandista. Disperdiçar a chance de esclarecimento quando esses médiuns estão ávidos por conhecimento e abertos para serem direcionados é deixar ao acaso a responsabilidade da formação destes médiuns, podendo levá-los a vícios, “cacoetes” e maus hábitos mediúnicos que nunca mais poderão ser retirados.
E o velho adágio popular é verdadeiro : “Pau que nasce torto, morre torto”...

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Há médiuns trabalhando determinado tempo na seara umbandista que por desconhecimento do processo mediúnico, são descrentes da própria faculdade de se comunicarem com espíritos, muito embora sintam “algo estranho”, alegando não terem certeza de que estão realmente “tomados” pelo guia ou orixá (orixá aqui, no sentido de protetor) ou se são vítimas de puro animismo. Animismo significa, em termos mais originais, manifestações da alma. Julgam serem eles próprios, “os cavalos”, agindo em lugar do protetor. Não crêem, porque em certos casos ou em quase todos, recordam-se do que passa durante o transe. Explicando melhor, o médium desconfia não haver entidade alguma atuando nele, não obstante, procede de modo estranho, sem que saiba explicar o motivo. Aliás, caso corriqueiro tanto na Umbanda, Candomblé, como no Kardecismo.Tal preocupação se justifica, porque muitos pais-de-santo não informam o que acontece frequentemente no desenvolvimento, pois embora também tenham passado por esta fase de dúvidas, estão esquecidos do que lhes sucediam quando treinavam a mediunidade, isto é, quando se desenvolveram havendo, logicamente, raras exceções.Em princípio, quando o candidato a médium necessita de desenvolvimento e é colocado na corrente, a entidade - caboclo, preto-velho, marinheiro, etc. - vai envolvendo-o com seus fluídos, procurando entrosar-se e o duplo etérico do aluno para, posteriormente, influenciar-lhe a rede nervosa cerebral, processo geralmente lento, metódico, mas perceptível, até a completa e perfeita incorporação. No início, regra geral, o médium observa certos movimentos, influências e impulsos contrários ao próprio comportamento normal, mas de maneira um tanto superficial.A razão disso é misturarem-se os pensamentos do guia com os do “cavalo” inclusive mesclando-se também as ações, temperamento, inclinações, conduta, gostos, trejeitos, etc.O candidato torna-se então o médium ainda consciente do que faz.A medida que a incorporação vai se ajustando, aperfeiçoando, o médium também vai, pouco a pouco, perdendo a consciência passando a semi-inconsciente e até mesmo a inconsciência.Não devemos nos esquecer que existem médiuns que trazem a qualidade de “médiuns conscientes”; esses, com o passar do tempo, perderão sua consciência na hora do transe ou incorporação.Quando não há esclarecimento devido a consciência no princípio do desenvolvimento, o próprio médium julga estar mistificando. Enfraquecendo-lhe a fé, a confiança e, descrente, frustra-se, desanimando, chegando mesmo a afastar-se do terreiro, perdendo a Umbanda um excelente médium que, futuramente, poderia prestar relevantes serviços aos irmãos infelizes e necessitados.Raras são as vezes que o médium se deixa incorporar corretamente pelo guia, permanecendo inconsciente; se ao contrário isso ocorrer, é porque a mediunidade se desenvolveu despercebida e automaticamente, abafada, porém, por um motivo qualquer: seja medo, descrença, falta de tempo. Como os guias não descuidam de seus tutelados, preparam-no de modo que a própria pessoa não percebe o processo mediúnico, embora lhes ocorram fatos dolorosos e insólitos, que o impulsionam em busca de frutificação espiritual.Então sua mediunidade amadureceu espontaneamente. Se resolve enfrentar a realidade, eis que a incorporação explode imediatamente. Mas, casos que, confrontados com os normais, são considerados raros. Conhecemos casos de pessoas que recebem seus guias na cama, dormindo. No dia seguinte acordam médiuns desenvolvidos e já atuantes.Na verdade, quando o sujeito se submete ao processo mediúnico, no início e mesmo muito tempo depois, ele ainda consciente, sabendo o que faz, malgrado o faça - conforme percebe - contra a sua vontade, pelo simples fato de misturar suas idéias às dos guias. Como se vê, esta é uma das explicações porque, em certas ocasiões, as previsões, os conselhos, os remédios ministrados pelos guias não alcançam a eficácia desejada.Eis que o pensamento “alheio” em mistura com o seu próprio, pode dar a sua sugestão, em lugar de oferecer a do protetor. ã medida que o tempo decorre, vai ele se familiarizando com a intuição estranha e perdendo gradualmente a consciência. Os médiuns conscientes, com o tempo, aprendem a diferenciar as idéias próprias com as da entidade incorporada.Se isso acontecer com você, não se assuste, não desanime, nem duvide da presença do protetor. Ambos, você e ele estão trabalhando, e o seu “anjo de guarda” saberá conduzi-lo de modo a que torne um perfeito intérprete das lições do mundo astral.

MEDIUNIDADE

A mediunidade é um dom ou faculdade que a criatura possui para comunicar-se com o mundo dos espíritos. Através da mediunidade entramos em relação com os nossos guias protetores, parentes mortos e pessoas falecidas, etc.1) Ela pode ser de vários tipos:a) Incorporação: o médium vai se desenvolvendo, deixando-se envolver pelo espírito até que se dá a incorporação, isto é, o guia parece tomar o lugar do médium e por ele fala, ouve e atua.b) Vidência: o médium tem a capacidade de enxergar os espíritos.c) Audição: o médium tem a capacidade de ouvir os espíritos.d) Psicografia: o espírito manda mensagens escritas pela mão do médium.e) Materialização: o médium fornece um fluído nervoso invisível, do qual os espíritos se utilizam para materializar-se e aparecer.f) Efeitos Físicos: Psicocinésia ou Fiptologia: na qual os espíritos provocam fenômenos físicos, tais como ruídos, pancadas nas mesas, paredes, levantam as mesas, arremessam objetos, etc.g) Intuição: o médium tem avisos de fatos que ainda estão para acontecer através de sonhos ou até mesmo acordados.2) Tipos de transe mediúnicos:a) Consciente: médiuns que sabem o que está ocorrendo no momento em que a entidade atua. Geralmente este tipo de transe acontece quando a pessoa está se desenvolvendo, razão de muitos não crêem estar recendo comunicação com as entidades.b) Semi-consciente: tipo de transe mais comum entre os médiuns, onde parte da consciência é perdida. Ora escuta, ora não, ora enxerga, ora não.c) Inconsciente: em que não se tem conhecimento do que acontece no momento do transe. Tipo de transe muito raro entre os médiuns. De mil médiuns um é totalmente inconsciente.A mediunidade não é um prêmio que Deus dá a determinadas pessoas, mas um meio pela qual possam trabalhar em benefício de irmãos sofredores, problemáticos, ou portadores de mal psicológicos e, em consequência, de si mesmos.É mais um castigo que uma recompensa.Sua prática é ainda penosa, obrigatória e com imensos sacrifícios, em que o médium, já Babalaô ou não, esquece-se e vive para os outros. Daí não haver razão para que se julgue superior, envaidecendo-se de sua faculdade.A mediunidade é para servir e não para ser servida. Quem dela faz instrumento para satisfação de seus interesses pessoais, sofrer-lhe-á as consequências futuras. Por isso o médium deve buscar seu aperfeiçoamento moral e o aprimoramento de sua cultura, para oferecer aos guias e protetores condições e ambiente em que possam trabalhar em prol do irmão aflito, eis que ambos necessitam de evolução. Tanto médiuns como espíritos-guias se irmanam na busca de ascensão espiritual, que lhes dê uma existência feliz no futuro.

MÉDIUNS DE UMBANDA

Para sermos um bom médium, primeiro não devemos nos envaidecer dessa faculdade, visto não ser um premio, e sim um meio para trabalhar em beneficio de irmãos sofredores, problemáticos ou portadores de mal psicológicos.A mediunidade é para servir e não ser servida.· Temos que ser irmãos verdadeiramente;· Nos preocuparmos com as pessoas que se encontram na nossa assistência;· Ter nossas obrigações sempre em dia;· Zelar por tudo que diz respeito aos nossos Orixás;E o mais importante ter AMOR à religião!É necessário que o médium encare o seu trabalho mediúnico como uma missão, estudando, se preparando, sintonizando seu coração e sua mente com espíritos elevados e amigos, e ai poderá cumprir satisfatoriamente a missão que lhe foi confiada.O médium deve tangir sua vida como um mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dígnos, ser honesto e íntegro em suas atitudes. Nos dias de hoje, é difícil ser tudo isso, mas vale a pena e pode ser feito.As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia a dia.O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus Orixás e Guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material."Deve deixar, na medida do possível, seus problemas materias sempre do lado de fora do terreiro", ou seja, tentar entrar no terreiro com a cabeça mais arejada e limpa, fazendo com que haja uma divisão entre o material e o espiritual, embora eu saiba que deixar os problemas lá fora seja difícil, mas não é impossível.Para termos uma boa incorporação, precisamos de alguns preparos antes e durante nossos trabalhos como:
- Tomar os banhos necessários;
- Fazer sempre firmezas para os guias;
- Se preparar para uma boa concentração;
- Buscar uma boa irradiação;- Manter uma boa vibração;
- Nunca passar à frente dos guias.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O porque dos Pontos Cantados

Um dos fundamentos de vital importância par a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).Em tempos imemoriais, o Homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio conscienciosa, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência.Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior.Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantrans, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda.Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado.Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe.Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza.São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas.Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pombagira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais.E quanto ao plágio (cópia adulterada) leitores ? Aí é que a questão se agrava.É que alguns "espertos" andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos. Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas "entidades". Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam.Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DESENVOLVIMENTO

.Com muita freqüência, vemos que os médiuns iniciantes na Umbanda têm pressa na prática do exercício de sua mediunidade, seja da incorporação, de vidência, de psicografia, entre tantas outras faculdades, o que o médium aprendiz deseja é começar logo na prestação de sua caridade espiritual, além de querer conseguir sua total evolução em um período curto de tempo.Antes de tudo, deve-se saber que o processo de desenvolvimento das faculdades mediúnicas se dão individualmente e que cada indivíduo tem seu tempo, não existindo regras quanto a estipulação de tempo para as faculdades mediúnicas, sendo portanto, cada um responsável pelo seu próprio desenvolvimento espiritual, e cada qual com seu tempo.Outro ponto a ser abordado, é que, jamais um dirigente espiritual centrado fará ser apressado este processo, que via de regra é lento e acima de tudo individual, também não se quer ver o médium iniciante atropelando-se nas etapas necessárias ao perfeito trabalho mediúnico, pois o que se objetiva não é apressar ou tornar madura a mediunidade precocemente, sem que antes, haja o estudo mediúnico aliado à prática experimentada da faculdade mediúnica.Deve haver ainda, a sapiência e a consciência do médium sobre os atos, preceitos e fundamentos litúrgicos da Umbanda, antes por exemplo, de se ver um médium de incorporação consultando, este deve estar capacitado e apto ao trabalho mediúnico, e estes fatores só terão êxito se houver junto com a prática do desenvolvimento, o estudo, pois sem ele, não se conseguem princípios basilares para o trabalho mediúnico adequado. Ademais, o estudo é imprescindível para o regular e constante desenvolvimento do médium, seja ele iniciante ou não, afinal jamais se saberá de tudo, e por isso deve-se buscar a constante atualização nos materiais sobre o que se pretende aprender.Comumente relatos de médiuns iniciantes mostram que certos médiuns, antes de trabalharem na corrente de Umbanda apresentavam incorporações desordenadas constantes, visões a todo instante, ouviam e sentiam muitas coisas, e que, após a entrada para o ofício mediúnico na Casa de Umbanda, essa intensidade diminuiu muito, chegando em alguns dos casos até extinguir-se. Os Guias e Mentores de Luz entendem que estas sensações de desequilíbrio e desarmonia que antes eram sentidos pelo médium sem terreiro, não mais são necessárias novamente, eis que estes desequilíbrios aconteceram para que o indivíduo se conscientizasse sobre seu caminho espiritual, acerca de Deus, da Caridade, do seu real objetivo na Terra, e obviamente de seu Karma Espiritual. Porém esta conscientização só se dará por meio de estudos.Reflitamos e entendamos então, que só por meio do estudo conseguiremos entender mais sobre estas indagações acima expostas, e só com a prática habitual do estudo cominada com a prática empírica da mediunidade poderemos ter a excelência na prestação do ofício mediúnico, e no tão pretendido desenvolvimento “completo” das faculdades mediúnicas. Paciência, estudo, concentração, disciplina servirão e muito para galgar o rápido desenvolvimento

domingo, 13 de fevereiro de 2011

significado de alguns nomes ciganos

Significados de nomes ciganosUma das peculiaridades do Povo Cigano é batizar suas crianças como nomes que revelem algum valor particular em seus clãs, seja para exaltar algo ou alguém, para transmitir votos ou para atrair as características inerentes ao significado de cada nome.Eis alguns destes nomes com seus respectivos significados para que ao encontrarmos um Cigano (a), seja este do Universo Espiritual ou não, possamos ter noção da mágica energia que envolve sua identidade.
Cigano Ramirez: Guerreiro Ilustre
Cigana Esmeralda: A Preciosa, Verde Brilhante
Cigana Alba: Branca, Alva
Cigana Alzira: Ornamento, Beleza
Cigana Amapola: Bela Flor
Cigana Aurora: Deusa Da Manhã
Cigano Bóris: Batalhador, Forte Guerreiro
Cigana Carmen: Poema, Poesia, Versos
Cigana Carmecita ou Carmela: Jardim Divino
Cigana Constância: De Caráter Forte
Cigano Cristiano: Cristão
Cigana Dalila: Mulher Dócil
Cigano Diogo: O Conselheiro
Cigana Dolores: Lamentações
Cigana Florisbela: Bela Flor
Cigano Gonçalo: Salvo na Guerra
Cigano Iago: Aquele que venceCigano Igor: Príncipe Da Paz
Cigana Jade: Preciosa
Cigana Jasmim: Flor Jasmim
Cigana Leoni: Leoa
Cigano Manolo: Deus Está Conosco
Cigano Miro: Fragrância de Mirra, Pessoa Maravilhosa
Cigana Natasha: Dia Do Nascimento
Cigana Nazira: Pessoa Distinta
Cigano Nicholas ou Nikolai: Povo Vitorioso
Cigano Ramon: Protetor Poderoso
Cigano Ruan ou Juan: Deus é Poderoso
Cigana Safira: Graciosa
Cigana Sarah: Princesa
Cigana Soraya: Estrela Da Manhã
Cigana Samara: Protegida por Deus
Cigana Tâmara: Fruto Doce
Cigano Tarim: Capricho Vitorioso
Cigano Valter: Comandante do Exército
Cigano Vladimir: Regente
Cigana Zaíra ou Zaira: A Visitante, A Florida, De Pele Brilhante

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OS PERIGOS E CONSEQUENCIAS DA MEDIUNIDADE MAL ORIENTADA

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Anjos da guarda na umbanda





Os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um "fortalecimento para o anjo de guarda", ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.
E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.
O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d'água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.

Seu Anjo da Guarda te Chama!
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: "_fulano seu anjo da guarda te chama!"
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Gestação e Espirito



Um espírito é uma forma de energia, em seu ser este espírito não tem definido se é do sexo masculino ou feminino, através de suas várias reencarnações o espírito acaba tomando uma linha de segmento por sua própria vontade, ou reencarna sempre como mulher ou reencarna como homem, isso pode ser mudado, depende muito do karma que ele carrega, por exemplo, um espírito é reencarnado como homem, mas durante a última reencarnação foi violento com uma mulher, bateu, maltratou, humilhou, prejudicou, estes são todos atos, ações que vão provocar uma reação da ordem divina, este espírito para compreender o mal que estava fazendo, provavelmente vai ser reencarnado em uma mulher. Por Deus foi determinado que a espécie feminina é a mais fraca, não em inteligência, mas sim em força física, e também o sexo feminino alem de ser o mais fraco em força física é o que tem mais força para suportar grandes traumas, como por exemplo a dor de um parto. Quando está determinado por Deus que o espírito vai voltar aqui na terra e ter uma nova chance de se reencarnar, o espírito já tem o pressentimento de que lhe foi dado uma nova chance sem que alguém venha lhe comunicar pessoalmente, ele não tem a certeza absoluta ainda só o pressentimento mesmo assim começa a se preparar. Quando vai chegando mais perto do momento da concepção do óvulo com o espermatozóide, o espírito vai tento uma reflexão de todos os seus erros cometidos em várias reencarnações e em especial na última, por ele próprio acaba se programando para sua nova vida, seus pecados que lhe provocaram um karma espiritual, vão sendo colocados em evidência, os outros espíritos que lhe são mais próximos já lhe avisam, você meu amigo vai voltar e ter uma vida pobre, ou vai ser um deficiente, ou rico, por exemplo, vai ser em sua nova vida uma mãe que sofrerá para criar seus filhos. Nesta faze tudo é pura ansiedade, nunca se tem à certeza, é como saber que vai acontecer e ao mesmo tempo, saber que alguma coisa pode desviar os acontecimentos. O espírito geralmente reencarna no mesmo grupo de familiares ou amigos que já teve em outras vidas, para acertar ou desfazer antigas brigas, ou até mesmo para conseguir perdão de antigos inimigos, muitas vezes Deus coloca no seio de uma família que já está se evoluindo espiritualmente um espírito rebelde que ao nascer vai ser educado conforme os conceitos daquela nova reencarnação, isso para ele se melhorar e se adiantar. Por isso que existe aquele termo “ovelha negra da família”, a família tem uns costumes, tem hábitos, e de repente, nasce um filho que parece ser totalmente diferente, que não aceita ordens, não se ajusta a vida social, não reconhece o pátrio poder. Estes espíritos que tem estes desajustes são colocados sob a responsabilidade de um casal em um seio novo de família exatamente para ele ser adaptado, para ter a chance de conhecer novos ares e se redimir com Deus. Na hora em que o óvulo é anexado ao espermatozóide dentro do útero de uma mulher, existem energias ali, positivas ou negativas nas paredes do útero, no seu corpo que definem o estado das primeiras células, se vão estar em estado negativo ou não. Após a fecundação, tudo já está determinado por Deus, de maneira indireta, que é através de seus auxiliadores espirituais, qual vai ser o espírito que vai ter a graça de poder se reencarnar naquela vida que está se formando. Surge então um fio muito fino feito de energias que liga o pequeno feto ao espírito que foi escolhido, o espírito a partir daí já tem a certeza de sua reencarnação e fica em estado de alegria, de euforia em saber que vai ter uma nova chance de pagar seus pecados e se evoluir espiritualmente, começa a fazer mais planos de tudo o que pretende fazer para que não caia em armadilhas e fique estacionado no plano espiritual, sente um grande amor vindo de Deus em se lembrar dele e se promete em ser um homem ou mulher de boa índole para não cair nos vícios mundanos outra vez. Este fio percorre longas distancias, e não tem possibilidade de se partir, porque ele é continuo e se renova sempre com as energias da criação. Primeiro Mês O espírito que está ligado ao feto por um fio começa a sentir um torpor, uma certa sonolência em pensar, fica mais difícil agir, o fio que os une fica mais grosso, no final do primeiro mês ele já tem mais ou menos dois milímetros de diâmetro. Segundo Mês Ainda com consciência o espírito procura um contato com seus futuros pais, tenta participar de sonhos durante a noite, tenta um contato, tem vontade de se revelar e pedir a seus pais que o aceitem. Terceiro Mês O cordão que une o espírito ao feto já é mais grosso, como um cordão umbilical, só que de pura energia, se havia energias negativas na hora da concepção, ocasionadas por um estupro ou quem sabe por um amor mentiroso, estas energias há esta hora já se tornaram positivas, porque o amor materno já é mais forte e acaba purificando as energias do feto e do cordão que une o feto ao espírito. Quarto Mês Há esta hora o espírito que está ligado ao feto esta completamente adormecido para vida espiritual e começa a ter uma vida intra-uterina, brinca, se mexe, às vezes este período se dá no terceiro mês, suas lembranças da vida passada e da vida espiritual vão se guardando no subconsciente, que por sua vez são transferidas ao perispírito que já está se anexando ao novo corpo, em seu celebro ficam gravadas vagas lembranças, as coisas que o espírito sabe, como tocar música, situações que marcaram muito, coisas que aprendeu em vidas passadas, ficam marcadas na memória do bebê, de forma que quando ele crescer vai ter mais facilidade ou aptidões ligadas a experiências do espírito. Se em uma vida passada o espírito foi um músico, o bebê vai ter ao nascer as aptidões para música, se este espírito em uma vida passada faleceu de morte por afogamento, nesta nova vida ele vai ter um trauma natural pela água. Se for provocado um aborto intencional há esta hora, o espírito que está ligado ao bebê mesmo estando fora da barriga ou já anexado ao bebê, mesmo sendo a partir do primeiro mês, ou no segundo mês, o espírito sente tudo que está acontecendo, porque seu perispírito já está no bebê e já tomou a forma de seu corpo. Se for um aborto químico, com remédios, o espírito vai ter dores horríveis, e sentir efeitos de drogas poderosíssimas fazendo com que ele tenha delírios, enrijecimento de músculos e dores abdominais, efeitos de veneno em dose amplificada por se tratar de um feto, estas coisas o espírito sente até o último instante em que o coração do feto bate. Não matarás Se for um aborto com raspagem a frio, o médico usa um aparelho como uma concha e raspa o colo do útero da mulher, tirando o bebê a força e quebrando os ossinhos, os braços e pernas sendo arrancados, esmagando também seu peito com o uso do aparelho. Muitas vezes o feto é retirado em partes, ele se despedaça com a violência do ato em si, isso tudo o espírito que já está ligado a aquele feto sente de maneira extremamente real, sofre todas as dores com uma intensidade bem maior que o normal. Estas dores são muito fortes, as vezes ocasiona revolta contra seus quase futuros pais. Quinto Mês Neste mês o espírito já com seu perispírito anexado ao bebê e com o cordão umbilical feito de energia espiritual já com dois centímetros de diâmetro, se o espírito não estiver ainda no corpo do bebê, este cordão atrai o espírito para junto de seu perispirito, nesta hora o espírito se incorpora de maneira definitiva ao bebê e começa a ter informações vindas do celebro do bebê com mais intensidade, carinhos que a mãe faz, vozes, barulhos, tudo isso vai ficando registrado no espírito do bebê que já está ali dentro da barriga da mãe, os pensamentos do espírito e sua consciência começam a voltar gradualmente, mas já usando os neurônios ainda em formação do bebê, portanto o espírito nesta hora já está pensando como um bebê. A partir deste mês já está completa a transferência, a reencarnação de uma nova vida. Sexto Mês No sexto mês em diante o espírito já está completamente em nosso mundo, reencarnado, e daí para frente ele procura se adaptar ao novo corpo que lhe foi dado por Deus, seus pensamentos mesmo tendo algum karma a resolver aqui na terra, seus pensamentos são inocentes, as energias estão renovadas e em positividade, o espírito vai ter uma chance de recomeçar do zero na vida carnal.

Significado dos Sonhos



Nós temos em nossa vida de seis a oito horas de sono por dia, isso multiplicado por trezentos e sessenta e cinco dias e depois vezes setenta anos, que é a média de vida de um ser humano, chegaremos a conclusão que se trata de muito tempo, mais ou menos 23 anos dormindo. É fácil de se fazer esta conta, um terço de nossa vida estamos dormindo, daí uma pessoa que tem trinta anos, dez anos de sua vida foi passado dormindo, o sono é uma forma biológica de se descansar o corpo e se refazer energias, este tempo todo não é desperdiçado só para descanso do corpo. Após o sono se iniciar, temos uma faze em que estamos meio acordados e meio dormindo, o nosso corpo já está em descanso, mas ele está revendo os acontecimentos que se passaram durante o dia, nesta faze o nosso celebro recebe do corpo e do espírito informações de fatos acontecidos naquele dia que marcaram, preocupações, coisas que deixamos sem resolver, são como se você estivesse vendo pequenos pedaços de filme, sem seguimento e sem continuidade, são lembranças, o corpo participa destas lembranças com a memória dos lugares, as visões, o espírito participa com as preocupações do dia a dia que foram de certa maneira mal resolvidas. Toda esta faze do sono acarreta pequenos sonhos em nossa memória, você falando ou andando, ou caindo, ou sendo assaltada, os medos nossos que ficam expostos, o nosso subconsciente vem a tona através do espírito, nossos maiores receios, são colocados em evidência pelo espírito, isto acaba ocasionando um sonho, nosso celebro é uma espécie de processador de um computador em forma biológica, ele repassa informações para que possamos dormir um sono mais profundo, para que neste sono mais profundo nosso corpo realmente descanse, neste estado mais profundo do sono o nosso espírito não tem necessidade de descansar seu corpo. O corpo de um espírito é formado pelo perispírito, que é pura energia, este perispírito fica preso ao corpo em descanso e o espírito sai, por isso que muitas vezes sonhamos que estamos ao nosso lado nos vendo, às vezes por cima e às vezes no pé da cama, nesta hora o nosso espírito esta se desligando de nosso corpo e deixando o perispírito ali, tudo que o espírito vê e ouve, os acontecimentos que se passaram dali por diante naquela noite serão transmitidos ao perispírito, que por sua vez deixará marcas brandas nos neurônios do celebro no corpo. A intensidade destas marcas no celebro formarão uma memória um conjunto de impressões, quanto mais impressões forem deixadas, mais detalhes serão lembrados. Nosso corpo é muito rústico, muito pesado, nosso espírito tem que querer tem que ter vontade que lembremos de suas experiências durante a noite, para isso ele usa energias espirituais, com sua força espiritual ele consegue se quiser e se for permitido pelos espíritos que lhe acompanham, nos dar uma nítida lembrança de tudo que houve em sua jornada, estas lembranças só são permitidas na integra quando se trata de ajudar, ou interferir em um acontecimento. O sonho portanto em seu estado mais profundo é a libertação do espírito para que ele se livre por algumas horas do peso de carregar nosso corpo, estar preso ao nosso corpo, nesta libertação nosso espírito tem possibilidade de participar de reuniões com outros espíritos, ser acalentado por outro espírito por algum problema que esteja passando em sua vida física, uma tragédia por exemplo, ele recebe conselhos espirituais, tem a vivencia espiritual igual a um espírito desencarnado, procura aprender mais, procura se informar de tudo que acontece a sua volta, visita pessoas que estão encarnadas, é por isto que as vezes acordamos com algum pressentimento. Uma mãe que ama seu filho ou filha tem o pressentimento desta maneira sobre alguma coisa de incomum que está acontecendo com seu filho que está às vezes muito distante, estes pressentimentos são impressões que foram deixadas durante a noite pelo espírito diretamente no celebro através de seu perispírito. Os jogos com números, as adivinhações de bichos em loterias, as previsões de acontecimentos futuros são pura coincidências que acontecem às vezes, uma pessoa sonha que está andando de bicicleta e joga no cavalo, isso não tem razão nenhuma de ser, não tem fundamento, Deus não permite de forma nenhuma que uma pessoa saiba do futuro, ou tenha revelação de seu futuro, porque ele ainda não aconteceu, ele ainda não existe, o nosso futuro tem milhões de possibilidades de acontecimentos e pode a todo instante ser mudado, nós plantamos o nosso futuro. No espiritismo não se acredita em adivinhações e previsões, tudo que acontece com o ser humano durante sua vida, já está de certa forma traçada, mas de uma maneira diferente, quando nos reencarnamos aqui na terra temos a chance de reparar um erro em que cometemos em outra existência, e também a chance de nos evoluirmos, estes erros ocasionam karmas espirituais, situações em que teremos de enfrentar aqui em nossa vida que já estão predestinadas, por exemplo, um pai que abandonou seus filhos, que os fez sofrer, ou batia constantemente, em uma nova reencarnação este pai vai sofrer os mesmos momentos que ele infligiu aos seus filhos, para que seu espírito compreenda que aquilo que ele fez foi errado e causou sofrimento a outras pessoas. Se em uma existência anterior uma pessoa foi pobre, sua vida foi coroada de amor ao próximo, seus atos revelaram um grande ser humano, ela desencarnou, logo em uma próxima existência possivelmente este mesmo espírito vai reencarnar, e de alguma maneira já predestinado a ganhar um prêmio de loteria ou nascer já em um berço de ouro, mas toda esta transformação não é um presente, mas sim um teste para se ver se este espírito vai se comportar da mesma maneira, com amor ao próximo, um teste infligido muitas vezes por Deus, porque é mais fácil passar pelo teste da cobiça, da avareza, e da falta de fé sendo pobre. Com uma pessoa que grandes posses a facilidade de se cair em tentações e de se fechar em seu próprio mundo, deixando as coisas de Deus de lado, é maior, é mais fácil o espírito decair porque tudo lhe vem a mão, sem o suor.

Cemitério



O cemitério traz um grande paradigma para as pessoas, por ser um local onde os corpos sem vida são depositados. Talvez o medo, malestar de estar ou ir ao cemitério refere-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as pessoas vibram ao dirigir-se e estar no local. Isso acaba gerando um holopensene* de tristeza, devido ao parente/amigo que morreu na visão da maioria. OBS: Holopensene: Atmosfera psíquica do ambiente, resultado da somatória dos pensamentos e energia das pessoas que o frequentam. É a "auracoletiva" do lugar em questão. Esse tipo de designação é muito utilizada na conscienciologia e na projeciologia. Toma-se uma sensação de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão. Por tal motivo o cemitério em uma visão profana é sinônimo de um recinto "pesado" energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e perdidos. Esse contexto está presente em muitas mentes umbandistas com certo grau de esclarecimento sobre espíritos ou o próprio ponto de força. Quantas vezes não ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um atrator natural de cargas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão. Claro que se ligarão à aqueles que se colocarem no campo santo de uma forma profana ou com sentimentos e pensamentos negativos, afinal os afins sempre se atraem. Mas para aquele umbandista, esclarecido, que no seu terreiro cultua o Pai Obaluaê e o Pai Omolu deveria encarar a ida ao campo santo como um ato religioso divino, pois ao entrar está pisando em solo sagrado, em mais um divino ponto de força do nosso amado divino Criador, assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras, etc. O cemitério é o ponto de força natural do querido Papai Obaluaê e Papai Omolu. Pai Obaluaê, senhor das passagens, transmutador de tudo na vida. Da morte do corpo físico para o corpo espiritual, assim vice-versa. Sr. das passagens, da doença para a cura, do ódio para o amor, da busca de dias melhores, etc. Na Umbanda chamado como Sr. das almas, traz a todos uma enorme calmaria, um bem estar e bastante estabilidade. E postando-se de uma forma e atitude sagrada, quando aquietamo-nos no cemitério sentimos essa mesma sensação, silenciosa e calma. É nítida a semelhança do local (ponto de força) com o Orixá, pois os dois são unos e se completam. Há também a força do Orixá Omolu, Sr. da morte, paralisador de tudo que chegou ao ponto determinado perante a Lei Maior. Sua qualidade paralisante é um meio de "parar" tudo e todos que estiverem criando e gerando em caminho inverso, oposto e desvirtuado ao Divino Todo. Omolu corta nossa ligação material para espiritual (desencarne), pune aqueles que atentaram e desvirtuaram-se na vida, Orixá guardião divino dos espíritos caídos. Um paizão que também nos ajuda a dar o fim aos nossos vícios, a morte à ignorância, morte ao ego e a vaidade. Por todos esses motivos não devemos temer esse local sagrado e os Orixás regentes desse magnífico ponto de força. Uma oferenda, oração realizada desencadeia um processo extremamente positivo para todos que se colocarem em respeito e principalmente de coração aberto e puro para receber a bênção. Ao entrar no campo santo, cruzem o solo em reverência às forças do alto, embaixo, esquerda, direita, e que o lado sagrado abra-se para você naquele momento. Peça licença aos Srs. Orixás Obaluaê, Omolu,Iansã das almas e Ogum Megê. Também aos senhores exus e pombagiras da porteira. Façam aquilo que tiver que fazer, com amor, dedicação e respeito. E sintam-se agradecidos por serem umbandistas, por ter essa oportunidade maravilhosa que é de louvar nossos pais e mães orixás em seus pontos sagrados. E tristeza, pra que no cemitério? Afinal nunca morremos, apenas passamos de um estágio para o outro.

Amalá dos Orixás'

Amalá de Xangô Ervas para o Banho de Descarrego: Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô, Alevante, Quebra-Pedra. Amalá: 7 velas marrons e 7 velas brancas,7 charutos, cerveja preta servida em coité, camarão, quiabo.Local de entrega: na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita. Amalá de Oxum
Amalá de Preto Velho Amalá de Preto Velho Amalá: 7 ou 14 velas branca tutu de feijão, feijão fradinho, doces naturais como cocada, rapadura. Bebida: cerveja preta ou marafo. Fruta: banana prata também conhecida como banana maçã. Flores brancas. Um cachimbo, fumo e cigarro de palha.

Amalá de Oxum Ervas para o Banho de Descarrego: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica,Trevo Azedo ou Grande, Chuvade Ouro, Manjericão, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calêndula, Alfazema. Amalá: 7 velas brancas e 7 amarelo claro, Flores Amarelas, água mineral canjica amarela, fitas amarelo claro e branca.Local de entrega: ao lado de uma cascata.

Amalá de Oxossi Amalá de Oxossi Ervas para o Banho de Descarrego: Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de fava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de Palmito, Folhas de Abacateiro. Amalá: 7 velas verdes e 7 brancas, Cerveja branca servida em coité, 7 charutos,peixe com escama de água doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel.Local de entrega: na entrada da mata.

Amalá de Iemanjá Amalá de Iemanjá Ervas para o Banho de Descarrego: Pata de Vaca, Folhas de Lágrima de N.Senhora, Erva Quaresma, Trevo e chapéu de couro, Alfazema. Amalá: 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, rosas brancas ou outrO tipo de flor branca.Local de entrega: na praia.

Amalá de ErêAmalá de Erê Amalá: 7 ou 14 velas brancas, rosas ou azuis. Balas, pirulitos que pode ser do formato de chupeta e doces de qualquer tipo. A bebida deve ser um refrigerante de preferência guaraná. Local de entrega um jardim ou um campo onde tenha flores.

Amalá de Inhasã Amalá de Inhasã Ervas para o Banho de Descarrego: Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca , Erva de Santa Bárbara. Amalá: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela. Local de entrega em pedra ao lado de um rio.

Amalá de Cigano Amalá de Cigano Amalá: 3 ou 7 velas de cera incolor, frutas como maçã, pêssego, uva principalmente, dentro de uma gamela, arroz integral e batatas assadas pequenas e descascadas, coberto com canela e mel tudo arranjado com flores. Bebida para o cigano vinho tinto e para a cigana vinho branco. Para o cigano cigarro ou cigarrilha e para cigana cigarros.
Amalá de Ogum Amalá de Ogum Ervas para o Banho de Descarrego: Aroeira, Pata de Vaca,Carqueja,Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba.
Amalá de Oxalá Ervas para o Banho de Descarrego: Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S.João, Alecrim do Mato, Hortelã, Alevante, Erva de Oxalá (Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de Bambu. Amalá: 14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca, e flores brancas.Local de entrega: deve ser muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Iemanjá, na praia.

A tristeza dos Orixás


Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:— Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? — ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade. — Desculpe, sabe, ando meio ocupado. — Respondeu um triste Ogum. — Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. — É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a " espada da Lei" que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles...Estou cansado... Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não via nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava: — Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição... Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado... Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua alfanje da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua alfange aos pés de Yemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso... Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Um a um, todos foram se despindo e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente se apresentam. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:—Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! —Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:— Espere! Pensou Yemanjá! — Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun: —Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir... Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros iriam se juntar nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.Em Aruanda, os caboclos, pretos velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.Miríades de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás. Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso.E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem a Eles. Sejam LUZ, assim como Eles!