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queridos seguidores agradeço a voçês por fazerem parte do meu blog ou melhor nosso pois este blog foi feito para mostrar um pouquinho da nossa umbanda querida .























fran























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domingo, 10 de outubro de 2010

Pontos cantados da esquerda

Pontos de exús

Ô lá na beiraDo caminho,Esse Congá tem segurança
Na porteira tem vigia,Meia Noite o galo canta (bis)
Balança a figueira (bis)
Balança a figueiraEu quero ver exu cair
(bis)
Aonde moram os exus,Que eu não vejo eles aqui
Aonde moram os exusBalança a figueiraPrá eles cair

Na porta do cemitério Exu Caveira é o maior
Não tem carne Ele é osso só (bis)

Portão de Ferro Cadeado é de madeira (bis)
Na porta do cemitério Onde mora exu porteira (bis)

Olha a mosca varejeira, Salve Exu Caveira (bis)
Olha a mosca varejeira, Salve João Caveira (bis)

Eu vi atravessando Aquela rua Uma moça bonita, Vestidinha de chita (bis)
Mas ela era a Pomba Gira da Calunga Que arrebentou Sete catacumbas (bis)

Padilha, Soberana da estrada Rainha da encruzilhada e também do Candomblé,
Suprema é uma mulher De negro Alegria do terreiro Seu feitiço tem axé Mas ela é Ela é, ela é A rainha da encruza e Mulher de Lucifer (bis)
Moça me dá Um cigarro do seu Prá fumar
Que nem dinheiro Eu tenho prá comprar(bis)
Vivo sozinho, Vivo na solidão,
Maria Padilha Me dê a sua proteção (bis)
ô moça, ô moça ô moça me tira dessa poça ô moça,
ô moça ô moça me dê a sua força

Foi uma rosa,
Que encontrei na encruzilhada Foi uma rosa
Que eu plantei No meu jardim (bis)
Maria Molambo, Maria Mulher
Maria Padilha Rainha do candomblé (bis)

Ganhei uma barraca velha Foi a Cigana Quem me deu (bis)
O que é meu É da Cigana,
Cigana moça O que é dela A Cigana
tá no erê No erê no erá,
Ciganinha tá no erê, No erê, no erá (bis)

Ciganinha, ciganinha Da sandália de pau (bis)
Quando ela bate o pé Ela faz o bem, E não faz o mal
Boa noite moça boa noite (bis)
Dona Maria Molambo Como eu lhe procurei (bis)
Andei, andei, andei Hoje eu te encontrei (bis)
Olha a saia dela, re rê É molambo só (bis)
Sua saia tem sete metros Sete metros é molambo só (bis)

Na família de pomba gira Só não entra Quem não quer (bis)
É Maria Molambo É Maria Farrapo
É Maria Padilha É Maria Mulher(bis)

Seu capacete é de veludo Olha sua
Cocá Olha sua Cocá seu Tranca Rua
Olha sua Cocá Se o seu capacete... (bis)

Se ele é Capitão da encruzilhada,ele é
Ele é Ordenança de Ogum Sua coroa quem lhe deu Foi Santo Antonio
Sua djina quem lhe deu Foi Omulu
Oi salve o céu Salve o sol e Salve a lua Saravá seu Tranca Rua
Que é dono da gira No meio da rua Ina ele é mojubá (bis)
Saravá seu Tranca Rua Que é dono da gira No meio da rua
Ô Luar, ô luar Ele é mojubá Ele é filho da lua Ele é mojubá (bis)
Quem cometeu as suas faltas Peça perdão À Tranca Rua Ô luar, ô luar...

Seu Tranca Rua Ah, ele é o homem é (bis)
Jurou, jurou Firmar esse Congá Ah,
firma a banda E deixa as almas Trabalhar,
nesse congá(bis)

Que homem é esse De capa branca Com garfo nas costas (bis)
É Tranca Rua Todo mundo gosta (bis)

Oi salve ele Que segura a nossa banda
Oi salve ele Que espanta a nossa dor
Mas ele é Ordenança de Ogum
E nos traz uma mensagem de amor
Por isso nós vamos cantar E bater palmas Prá seu Tranca Rua das Almas
Nosso amigo e protetor (bis)
E com licença de Oxalá, Ina ele é mojubá,
Ele é mojubá Ina ele é mojubá
É mojubá No calor das nossas palmas
Seu Tranca Rua das Almas
Vem na luz de Oxalá Oi salve ele...

Seu Tranca Rua É uma beleza (bis)
Eu nunca vi, Um exu assim,
Ele é madeira que não dá cupim (bis)

Toda manhã Quando eu desço a ladeira
A nega pensa Que eu vou trabalhar (bis)
Eu ponho meu cachecol
No pescoço Meto um baralho no bolso
E vou prá Barão de Mauá (bis)
Trabalhar, trabalhar prá que? S
e eu trabalhar Eu vou morrer (bis)

Moça não tenha medo Do seu marido (bis)
Se ele é bom de faca Eu sou de facão
Se ele é bom de reza Eu de oração (bis)

Seu Zé Quando vem lá da lagoa Toma cuidado
Com o balanço da canoa (bis)
Seu Zé, Faça tudo que quiser Sá não maltrate
O coração dessa mulher(bis)

É pemba preta É pemba branca Pemba encarnada
(nome do exu) vai embora é na encruzilhada (bis)
Eu agora vou ver meu burro Meu burro ficou pro fim
Eu agora vou ver meu burro Meu burro não caiu

Cambono, camboninho meu
Meus cambonos Olha que exu vai oló (bis)
Seu cavalo fica aqui E ele vai numa gira só (bis)
Adeus pomba gira, adeus
Encruzilhada chama
E ela vai oló (bis)
Seu cavalo fica aqui
E ela vai numa gira só (bis)

pontos cantados da direita


HINO DA UMBANDA
Refletiu a luz divina com todo seu esplendor é do reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que veio, de Aruanda Para todos iluminar A Umbanda é paz e amor É um mundo cheio de luz É a força que nos dá vida e a grandeza nos conduz. Avante filhos de fé, Como a nossa lei não há, Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá ! Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá !
PONTO DE ABERTURA e FECHAMENTO das GIRAS
Vou abrir minha Jurema Vou abrir meu Juremá Vou abrir minha Jurema Vou abrir meu Juremá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Já abri minha Jurema Já abri meu Juremá Já abri minha Jurema Já abri meu Juremá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá
==========================
Eu abro a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu abro a nossa gira Sambolê pemba de angola Eu abro a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu abro a nossa gira Sambolê pemba de angola Abriu, abriu, abriu Abriu deixa abrir Com as forças da Jurema Jurema Juremá
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Vamos abrir a nossa gira Com licença de Oxalá Vamos abrir a nossa gira Com licença de Oxalá Salve Xangô Salve Iemanjá Mamãe Oxum, Nanã Buroquê Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré
===============================
Eu fecho a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu fecho a nossa gira Sambolê pemba de angola Eu fecho a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu fecho a nossa gira Sambolê pemba de angola Fechou, fechou, fechou Fechou deixa fechar Com as forças da Jurema Jurema Juremá
==============================
Vamos fechar a nossa gira Com licença de Oxalá Vamos fechar a nossa gira Com licença de Oxalá Salve Xangô Salve Iemanjá Mamãe Oxum, Nanã Buroquê Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré
===============================
Estrela da Guia Que guiou nossos pais Guiai nossos filhos Pros caminhos que eles vais. ==========================
PONTO DE SAUDAÇÃO À OXALÁ
Meu Pai Oxalá É o Rei, venha me valer Meu Pai Oxalá É o Rei, venha me valer O velho Omulu Atotô Baluaê Atotô Baluaê Atotô Baluaê Atotô Baba Atotô Baluaê Atotô é orixá
===========================
Oxalá meu pai Tem pena de nós, tem dó Se as voltas no mundo é grande Seus poderes são maior Oxalá meu pai Tem pena de nós, tem dó Se as voltas no mundo é grande Seus poderes são maior O malei malei O malei malá O malei malei Salve as forças de Oxalá !
Pontos de Iansã
Minha Santa Bárbara Virgem da coroa Pelo amor de Deus Santa Bárbara Não me deixe a toa Minha Santa Bárbara Virgem da coroa A Coroa é dela Xangô É da pedra de ouro.
================================= Iansã tem um leque de penas Pra abanar em dia de calor Iansã tem um leque de penas Pra abanar em dia de calor Iansã mora nas pedreiras Eu quero ver meu pai Xangô Iansã mora nas pedreiras Eu quero ver meu pai Xangô
PONTOS DE IEMANJÁ e das SEREIAS DO MAR
Eram duas ventarolas Duas ventarolas que sopravam sobre o mar Eram duas ventarolas Duas ventarolas que sopravam sobre o mar Uma era Iansã, Ieparrê A outra era Iemanjá, adoceáh Uma era Iansã, Ieparrê A outra era Iemanjá, adoceáh
=====================
Eu vou jogar Vou jogar flores no mar Eu vou jogar ! Uma promessa eu fiz Para Deusa do mar O meu pedido atendeu Eu prometi vou pagar Eu vou jogar Vou jogar flores no mar Eu vou jogar !
===================================
ê Iemanjá ê Iemanjá Rainha das ondas, sereias do mar Rainha das ondas, sereias do mar Como é lindo o canto de Iemanjá Faz até o pescador chorar Quem ouvir a mãe d'água cantar Vai com ela pro fundo do mar Iemanjá ! Iemanjá é Rainha das ondas, sereias do mar Rainha das ondas, sereias do mar
=============================
O Janaina Princesa d'água Solte os cabelos Janaina E caia n'água
==============================
Janaina eehh Janaina eaahh Que vive na terra Que vive na lua Que vive na água Que vive no mar Me livre dos inimigos Me livre das aflições Me livre dos perigos Me livre das tentações Janaina eeh Janaina eah ========================
O sereia o sereia vosso filho tá chamando sereia você tem que ajudar sereia
PONTOS DA MAMÃE OXUM
O viva Oxum Iansã e Nanã Mamãe Sereia Viemos saudar Oi me leva Pras ondas grandes Eu quero ver as sereias cantar Eu quero ver os caboclinhos na areia Oi como brincam com Iemanjá Aruê, ê, ê, êeee Aruê Mamãe é dona do mar Aruê, ê, ê, êeee Aruê Mamãe é dona do mar
========================
Eu vi a mamãe Oxum Sentada na cachoeira Colhendo os lírios, lírios ê Colhendo os lírios, lírios Ah Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar Colhendo os lírios, lírios ê Colhendo os lírios, lírios Ah Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar
PONTOS DE XANGÔ
Pedra rolou pra Xangô Lá nas pedreiras Afirma o ponto meu pai Na cachoeira Pedra rolou pra Xangô Lá nas pedreiras Afirma o ponto meu pai Na cachoeira Tenho meu corpo fechado Xangô é meu protetor Afirma o ponto meu pai Pai de cabeça é Xangô Tenho meu corpo fechado Xangô é meu protetor Afirma o ponto meu pai Pai de cabeça chegou
===================== Quem rola as pedras na pedreira é Xangô Quem rola as pedras na pedreira é Xangô Giro na coroa de Zambi Giro na coroa de Zambi Giro na coroa de Zambi é Xangô Giro na coroa de Zambi Girooo Giro mas saravá meu pai Xangô Quem é quem vence as demandas ? Quem é o dono das Pedras ? é Xangô
====================================== Lá em cima daquelas pedreiras Tem um livro que é de Xangô Lá em cima daquelas pedreiras Tem um livro que é de Xangô Kaô, Kaô, Kaô cabeciem
==========================
Xangô morreu de velho Na pedra ele escreveu - Justiça meu Pai , Justiça ! Ganhou quem mereceu - Justiça meu Pai , Justiça ! Ganhou quem mereceu
============================= Xangô meu pai deixa está pedreira aí Xangô meu pai deixa está pedreira aí que umbanda tá lhe chamando deixa está pedreira aí que a umbanda tá lhe chamando deixa está pedreira aí
===================================
O Gino olha sua banda O Gino olha o seu conga a onde o rochinol cantava a onde Xangô morava ele é filho da cobra coral ele é filho da cobra coral ele é filho da cobra coral Kâo
PONTOS de OGUM
Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Quando ele vem Beirando a areia Vem trazendo no braço direito O rosário de Mamãe Sereia Quando ele vem Beirando a areia Vem trazendo no braço direito O rosário de Mamãe Sereia
==============================
Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum, Ogum Megê Sua bandeira cobre os filhos de Jesus Ogunhê
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Se meu pai é Ogum Vencedor de demanda Ele vem de Aruanda Pra salvar filhos de umbanda Ogum, Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum, Ogum Iara Salve os campos de batalha Salve as sereias do mar Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum Iara ================================
Ogum venceu demanda Nos campos do Humaitá Ogum venceu demanda Nos campos do Humaitá Cruzou sua espada na areia Lavou seu escudo no mar Cruzou sua espada na areia Lavou seu escudo no mar
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Em seu cavalo branco ele vem montado Calçando botas ele, vem armado O vinde , vinde , vinde Nosso Salvador O vinde , vinde , vinde São Jorge defensor
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Ogum não devia beber Ogum não devia fumar A fumaça é as nuvens que passam E a cerveja é a espuma do mar A fumaça é as nuvens que passam E a cerveja é a espuma do mar
=============================== Cavaleiro na porta bateu Eu passei a mão na pemba para ver quem era... Cavaleiro na porta bateu Eu passei a mão na pemba para ver quem era... Era São Jorge guerreiro, minha gente ! Cavaleiro na força e na fé Era São Jorge guerreiro, minha gente ! Cavaleiro na força e na fé
===============================
Eu venho de Alta cidade Venho saudar a aldeia de umbanda Estou saudando São Jorge Guerreiro Com licença de Ogum da Ronda
================================
Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar Ogum de Ronda Ele é guerreiro Chegou nesse terreiro Pro seus filhos ajudar Ogum de Ronda Em seu cavalo branco Corre em todas as campinas Do nosso pai Oxalá Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar
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Que cavaleiro é aquele Que vem cavalgando pelo céu azul É seu Ogum Rompe Mato Ele é defensor do cruzeiro do Sul E a e E e aaaa E e e seu Ventania Pisa na Umbanda E a e E e aaaa E e e seu Ogum Pisa na Umbanda Olha que barco bonito Que vem navegando em pleno mar É seu Ogum Sete Ondas Que vem ao encontro De Ogum Beira Mar ================================
Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas
PONTOS de OXÓSSI e dos CABOCLOS
Dentro da mata virgem Uma linda cabocla eu vi Com seu saiote Feito de penas É a Jurema filha de Tupi Com seu saiote Feito de penas É a Jurema filha de Tupi Jurema. Jurema , Jurema Linda cabocla, filha de Tupi Ela vem, lá da Juremá Vem firmar seu ponto Nesse congar Ela vem, lá da Juremá Vem firmar seu ponto Nesse congar
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Caboclinha da Jurema Onde é que você vai ? Vou pra casa de Odé, no terreiro de meu Pai De Aruanda êee De Aruanda aah De Aruanda êee caboclinha de pemba De Aruanda aah
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Caboclo roxo Da pele morena É Seu Oxóssi Caçador lá da Jurema Ele jurou e tornou a jurar E ouviu os conselhos Que a Jurema vai lhe dar
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Quem manda na mata é Oxóssi Oxóssi é caçador Oxóssi é caçador Eu vi meu pai assobiar Eu já mandei chamar Eu vi meu pai assobiar Eu já mandei chamar É de Aruanda êeee É de Aruanda aaaa Seu Junco Verde é Aruanda É de Aruanda aaaa
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Não chores não caboclinho Pra que chorar A casa é sua caboclinho Prá trabalhar Oi olhe agora E venha receber Ogum de Ronda Meu Pai Baluaê
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Curimbembê, Curimbembá Sete Flechas um grande orixá Com sete dias de nascido A Jurema o encontrou Deitado na folha seca O caboclo ela criou Curimbembê, Curimbembá Sete Flechas um grande orixá Nasceu na mata de Oxóssi Na aldeia de Juremá O caboclo Sete Flechas Iluminado por Oxalá
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Oxóssi êeee Oxóssi aaaaa Oxóssi é marambolê, marambolá Quem é aquele que vem lá de Aruanda Montado em seu cavalo Com seu chapéu de banda Ele é Oxóssi de Aruanda eeeeee Ele é Oxóssi de Aruanda aaaaa
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Caboclo venceu demanda Para o povo de Umbanda Na ponta da sua flecha Quando veio de Aruanda Venceu... Caboclo venceu... No fundo da mata virgem Oxalá gritou - Esse filho é meu !!! Esse filho é meu !!!
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Onde está a Jurema? A Jurema a onde está ? Tá procurando os capangueiros Que ainda estão na Juremá Quem mandou chamar Em nome do Pai Oxalá? Foi seu Oxóssi caçador Que já baixou nesse congar Salve todo o povo da Jurema Salve sua luz Seu jacutá Levando a todos lares e seus filhos Trazendo paz e amor Na fé de Oxalá
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Oxalá chamou ! Oxalá chamou e já mandou buscar Os caboclos da Jurema Pro seu Juremá Pai Oxalá É o rei do mundo inteiro Já deu ordens pra Jurema Chamar seus capangueiros Mandai, Mandai Minha cabocla Jurema Os seus guerreiros Essa é a ordem suprema !!
=============================== Ogan segura o toque Com Deus e a Virgem Maria Ogan segura o toque Com Deus e a Virgem Maria Por Oxalá Meu Pai Saravá Seu Ventania Por Oxalá Meu Pai Saravá Seu Ventania
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Um grito na mata ecoou Foi seu pena branca que chegou Com sua flecha Com seu cocar Seu Pena Branca vem nos ajudar Com sua flecha Com seu cocar Seu Pena Branca vem nos ajudar =================================
Saravá seu Pena Branca Saravá seu apache Pega flecha e seu bodoque Pra defender filhos de fé Ele vem de Aruanda Trabalhar neste casuá Saravá Seu Pena Branca No terreiro de Oxalá Sua flecha vai certeira Vai pegar no feiticeiro Que fez juras e mandingas Para o filho do terreiro Pega o arco , atira a flecha Que esse bicho é caçador Além de ser castigo Ele é merecedor
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Ele atirou Ele atirou e ninguém viu Só seu Flecheiro é que sabe A onde a flecha caiu Ele atirou!
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Tupinambá é canga na batalha Tupinambá ee Tupinambá Tupinambá guerreiro de Oxóssi Tupinambá ee Tupinambá Tupinambá vem defender seus filhos Tupinambá ee Tupinambá Só não apanha Folha da Jurema Sem ordem suprema Do Pai Oxalá Só não apanha Folha da Jurema Sem ordem suprema Do Pai Oxalá ==============================
Tava na beira do rio Sem poder atravessar eu chamei pelos caboclos Caboclo Tupinambá eu chamei pelos caboclos Caboclo Tupinambá Tupinambá chamei Chamei tornei chamar eaahhh Tupinambá chamei Chamei tornei chamar eaahhh ==============================
Ele é caboclo ele é Flexeiro tumba la catunga e matador de feiticeiro tumba la catunga ele vai firma seu ponto ele já firmo é na Angola oi tumba la catunga
PONTOS dos PRETOS-VELHOS
Pai João cadê vó Maria ? Foi no mato apanhar guiné Pai José cadê vó Luzia ? Foi no mato apanhar guiné Diga a ela quando vier Que suba as escadas E não bata o pé Diga a ela quando vier Que suba as escadas E não bata o pé ===============================
Nessa casa tem quatro cantos Cada canto tem um santo Pai e filho, Espirito Santo Nessa casa tem 4 cantos Zum zum zum Olha só Jesus quem é Eu rezo para santas almas Inimigo cai Eu fico de pé
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O preto por ser preto Não merece ingratidão O preto fica branco Na outra encarnação No tempo da escravidão Como o senhor me batia Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus! Como as pancadas doíam
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Vovó não quer Casca de coco no terreiro Vovó não quer Casca de coco no terreiro Pra não lembrar dos tempos do cativeiro Pra não lembrar dos tempos do cativeiro Carpiste Angola Eu to carpinando e tá crescendo Olha que Tô carpinando e tá crescendo Tô carpinando e tá crescendo
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Cambina mamanhê Cambina Mamãe-nhã Oi segura a Campina que eu quero ver Filhos de Umbanda não tem querer Segura a Campina que eu quero ver Filhos de Umbanda não tem querer O Povo de Cambina oi quando vem pra trabalhar O Povo de Cambina oi quando vem pra trabalhar Todo o povo vem por terra Campinar vem pelo mar Todo o povo vem por terra Campinar vem pelo mar
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Rei Congo, Rei Congo Cadê preto-velho ? Foi trabalhar na linha de Congo É Congo, é Congo, é Congo é de Congo, é de Congo aruêe É Congo, é Congo, é Congo Agora que eu quero ver...
=============================== Tira o cipó do caminho, oi criança Deixa a vovó atravessar Tira o cipó do caminho, oi criança Deixa a vovó atravessar Eles vem chegando São os preto velhos que vem trabalhar Eles vem chegando São os preto velhos que vem trabalhar
PONTOS DE COSME E DAMIÃO (Linha das Crianças)
Cosme e Damião, Damião cadê Doun ? Doun foi passear lá no cavalo de Ogum Cosme e Damião, Damião cadê Doun ? Doun foi passear lá no cavalo de Ogum Dois dois sereias do mar Dois dois mamãe Iemanjá Dois dois sereias do mar Dois dois mamãe Iemanjá
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Cosme e Damião O que é que eu vou comer ? - Peixe da maré - Com azeite de dendê !
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Fui no jardim colher as rosas A vovózinha deu-me a rosa mais formosa Fui no jardim colher as rosas A vovózinha deu-me a rosa mais formosa Cosme e Damião, ÔOOOh Doun Crispim , Crispiniano São os filhos de Ogum Cosme e Damião, ÔOOOh Doun Crispim , Crispiniano São os filhos de Ogum
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Mariazinha da beira da praia Como é que sacode a saia ? É assim, assim, assim Assim que sacode a saia É assim, assim, assim Assim que sacode a saia Juquinha da beira da praia Como é se que abana o boné ? É assim, assim, assim Assim que se abana o boné É assim, assim, assim Assim que se abana o boné
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Bahia é terra de dois Terra de 2 irmãos Governador da Bahia É Cosme e São Damião Bahia é terra de dois Terra de 2 irmãos Governador da Bahia É Cosme e São Damião
PONTOS dos BAIANOS
É lamp, é lamp, é lamp É Lamp, é Lampião O seu nome é Virgulino Apelido é Lampião Lampião tava dormindo acordou todo assustado deu um tiro na barata Pensando que era soldado
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Baiano é um povo bom Povo trabalhador Baiano é um povo bom Povo trabalhador Quem mexe com baiano Mexe com Nosso Senhor Quem mexe com baiano Mexe com Nosso Senhor
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Quem nunca viu, vem ver Caldeirão sem fundo ferver Quem nunca viu, vem ver Caldeirão sem fundo, ferver
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Bahia ô África Venha nos ajudar Bahia ô África Venha nos ajudar Povo baiano, povo africano Povo baiano, vem cá vem cá
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Baiana faz e não manda Não tem medo de demanda Baiana faz e não manda Não tem medo de demanda Baiana feiticeira Filha de Nagô Trabalha com pó de pemba Pra ajudar Babalaô Baiana sim Baiana vem Quebra a mandinga com dendê Baiana sim Baiana vem Quebra a mandinga com dendê
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Quem tem baiano Agora que eu quero ver Firma seu ponto Com azeite de dendê Eu quero ver a baianada de Aruanda Trabalhando na Umbanda Pra quimbanda não vencer Eu quero ver a baianada de Aruanda Trabalhando na Umbanda Pra quimbanda não vencer
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Um baiano um coco Dois baiano dois coco Três baiano três coco Quatro baiano uma cocada Cinco baiano uma baianada Cinco baiano uma baianada Fui fazer uma caçada Essa foi pequenininha Com um facão de sete palmos Fora o cabo e a bainha Uma cesta de ovo e setecentas galinhas !! E o tricô ? De cima da linha E o tricô ? De cima da linha
================================= Eu to chamando To chamando, to chamando To cansado de chamar To chamando To chamando To cansado de chamar Cadê meu irmão Que não vem brincar mais eu ? Cadê meu irmão Que não vem brincar mais eu ?
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Baiano bom Baiano bom Baiano bom é o que sabe trabalhar Baiano bom Baiano bom Baiano bom é o que sabe trabalhar Baiano bom É o que sobe no coqueiro Tira o coco, bebe a água e deixa o coco no lugar Baiano bom É o que sobe no coqueiro Tira o coco, bebe a água e deixa o coco no lugar
==============================
Na Bahia tem Já mandei buscar Lampião de vidro Ôi sá Dona Para trabalhar... ôooo
PONTOS de BOIADEIRO
Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu, choveu Relampiou Foi nessa água que seu boi nadou Mas, Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu, choveu Relampiou Foi nessa água que seu boi nadou
===================================================
Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu que água rolou Foi nessa água que seu boi nadou Foi nessa água que seu boi nadou Seu boiadeiro cadê sua boiada? Sua boiada ficou em Belém Chapéu de couro ficou lá também Chapéu de couro ficou lá também
===================================================
Olha meu camarada Camarada meu Olha meu camarada Camarada meu Sou Boiadeiro que cheguei aqui agora Candomblé toca no keto Mandar tocar angola
(Substitua BOIADEIRO por um nome de orixá - exemplo abaixo )
Olha meu camarada Camarada meu Olha meu camarada Camarada meu Sou Zé do Laço que cheguei aqui agora Candomblé toca no keto Mandar tocar angola
================================================
Chetruê, Chetruá Corda de laçar meu boi Chetruê, Chetruá Corda de meu boi laçar Chetruê, Chetruá Corda de laçar meu boi Chetruê, Chetruá Corda de meu boi laçar Seu Boiadeiro Cade sua boiada ? Mas, Seu Boiadeiro Cade sua boiada ? Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai É nosso camarada Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai É nosso camarada
===================================
Chetruê, Chetruá Minha corda é de laçar Chetruê, Chetruá Meu boi fugiu mandei buscar A minha boiada é de trinta e um Vieram trinta está faltando um
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Toque o berrante, boiadeiro Toque o berrante Toque o berrante pra anunciar sua chegada É os boiadeiros que vem lá de Aruanda Pra trabalhar nesta tenda de Umbanda
PONTOS DE MARINHEIRO
Seu marinheiro Que vida é a sua Tomando cachaça caindo na rua ? Eu bebo sim Eu bebo muito bem Bebo com meu dinheiro Não devo nada a ninguem
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Navio Negreiro no fundo do mar Navio Negreiro no fundo do mar Correntes pesadas arrastando na areia A negra escrava se pos a cantar A negra escrava se pos a cantar Saravá minha Mãe Iemanjá Saravá minha Mãe Iemanjá Virou a caçamba pro fundo do mar Virou a caçamba pro fundo do mar Quem me salvou foi mãe Iemanjá Quem me salvou foi mãe Iemanjá
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O Cirandeiro Cirandeiro ó O Cirandeiro Cirandeiro ó A pedra do seu anel Brilha mais que ouro em pó A pedra do seu anel Brilha mais que ouro em pó ================================
Seu Martim Pescador Que vida é a sua? É bebendo cachaça Caindo na rua Eu também sei nadar Eu também sei nadar no mar Eu também sei nadar Eu também sei nadar no mar Eu também sei, também sei, também sei nadar Eu também sei, também sei, também sei nadar Na barra vi só dois navios Perguntando se podia entrar A barra já está tomada seu marujo Nessa barra aqui quem manda é Oxalá A barra já está tomada seu marujo Nessa barra aqui quem manda é Oxalá
PONTOS de DESPEDIDA
O coqueiro do Norte Está balançando É a Bahia que está me chamando
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Ogum já trabalhou Ogum ja saravou Filhos de pe-emba Que tanto chora É meu pai Ogum Que já vai embora Filhos de pe-emba Que tanto chora É meu pai Ogum Que já foi embora
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A sua terra é longe E eles vão embora E vão beirando o rio azul Adeus a Umbanda que os caboclos Vão embora E vão beirando O rio azul
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Despedida de baiano faz chorar Faz chorar Faz soluçar Despedida de baiano faz chorar Faz chorar Faz soluçar
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Despedida das crianças
Andorinha que voa , que voa andorinha Leva as crianças pro céu Andorinha Andorinha que voa , que voa andorinha Leva as crianças pro céu Andorinha
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Oi quem tem pemba joga fora Maré, Maré Que os *orixás já vão embora Maré, maré
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Oi quem tem pemba joga fora Maré, maré Que os *marinheiros vão embora Maré, maré
*(substitua a palavra orixá pela linha ou nome próprio)
PONTOS de BATER CABEÇA
(Para Pais e Mães de Santo)
Bate cabeça Babá Que eu sou camisa azul E para o ano que vem Dois, dois comer caruru
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Bate cabeça Babá Já foi pedir A proteção pras seus filhos não cair Bate cabeça Babá Já foi pedir A proteção pras seus filhos não cair
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Glória a Deus, lá nas alturas Glória a Deus nesse congar Glória a Deus no pensamento Glória a Deus nossa Babá Auê Babá Babá de Orixá Auê Babá Babá de Orixá Auê babalaô Babalaorixá
PONTOS de BATER CABEÇA
(Para filhos de santo e demais médiuns)
Vai, vai, vai Aos pés de Nosso Senhor Vai bater cabeça iaô Iansã mandô Iaô..
================================
Bate cabeça povo da Nação Bate cabeça o povo da Nação Vai pedir a proteção Ao nosso pai Oxalá Vai pedir a proteção Ao nosso pai Oxalá
PONTOS DE DEFUMAÇÃO
To defumando To defumando A casa do Bom Jesus da Lapa Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo Jesus Cristo incensou os filhos seus Eu incenso Eu incenso essa casa Pro mal sair e a felicidade entrar Eu incenso Eu incenso essa casa Na fé de Oxóssi, de Ogum e de Oxalá
=================================
A Umbanda queimou, cheirou guiné Vamos defumar filhos de fé A Umbanda queimou, cheirou guiné Vamos defumar filhos de fé Defuma eu Babá Defuma eu Babalaô Defuma eu Babá Defuma eu Babalaô
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Defuma com as ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné Alecrim, benjoim e alfazema Vamos defumar filhos de fé
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Com licença Pai Ogum Filhos quer se defumar A Umbanda tem fundamento É preciso preparar Com arruda e guiné Alecrim e alfazema Defuma filhos de fé Com as ervas da Jurema

musica transformada em texto

“Olorum, Obatalá, Xangô, Obaluaê, oh Zambi. Ogum, Nanã, Iemanjá, Oxóssi, Exú, Oxum, Obá: deuses do panteão de Ifá. Velho negro de Xangô, o terreiro e o tambor te chamam. Mensageiro de Daomé, fale do filho de Javé: o sol e a luz de Nazaré”.
“Boa noite! Faz muito tempo que eu não vejo essa terra generosa que hospedou os meus desejos. Estou de volta nesse mundo, pouco tempo, por um dia. Tudo que eu lembrar eu conto sobre o filho de Maria. Êta mulher de coragem, Oxum da estrela-guia. Meu nome é Alabê de Jerusalém, chamado pela irmandade, cheguei pra matar saudade.
Era uma vez um menino que veio do céu na mão de uma bonita estrela e cresceu com outros meninos, em meio à brincadeira. Aprendeu com pai José a ser um carpinteiro. E um dia entrou no templo e fez o povo alegre, quando falou de liberdade feito gente grande. E ainda era um menino quando deixou sua terra e partiu pra longe. E ninguém soube dizer qual foi seu paradeiro. Mas o povo não esquecia o menino esperto que só tinha doze anos quando entrou no templo e falou de vida e morte feito gente grande. Já não era mais menino, quando apareceu de novo ele era gente grande. Seu cabelo era comprido, abaixo dos ombros, e uma barba cerrada lhe cobria o rosto. E os seus olhinhos brilhavam assim como as estrelas que o trouxe lá de longe já iam trinta anos.
E Ele disse: ‘eu sou a verdade e a vida. Eu sou filho de Deus pai, O Todo-Poderoso. A candeia dos aflitos, eu sou a luz do povo. O sol, o vento, o mar e a chuva são todos meus irmão. Minha voz é como a fonte, revigora os rios. Vim pra juntar as pontas quebradas deste anel. Se em teu coração me abrigas, és meu filho que herdarás o céu’.
E assim viveu esse menino, semeando amor, perdão, justiça e a caridade. Sossegava com o olhar o vento e a tempestade. E fazia até doutor de lei ficar calado. Até que um dia foi traído e sem mais nem menos, ele foi preso, espancado e, então, crucificado. E pra espanto das pessoas, depois de três dias que ele foi sepultado o seu corpo desapareceu do cemitério. E até hoje ninguém sabe qual seu paradeiro. Mas eu tenho uma certeza cá com a minha idéia de que ele mora lá no céu.
Já faz mais de dois mil anos de idade que a Santíssima Trindade esteve aqui junto de nós. Cantei só pra matar nossa saudade. Se eu cantar de novo eu choro. Se eu chorar eu perco a voz”.
“Eis que é chegada a hora: a espada irá surgir, incandescente como o raio, alucinante como o raio, brilhante como a luz do sol. Vem pra unir as pontas dos anéis partidos. Eu lavro a terra e ele semeia o trigo. Vem depois de mim, mas é antes de mim. Ele é o raio e eu sou o trovão.
Tem poder sobre as matas e os rios, sobre o mar e as marés. Ele é o sol do meio-dia, tem a sombra debaixo dos seus pés. Ele é um como a chuva que desce, Ele é um como o vento que vai, Ele é um como o universo, Ele é um como o meu Pai. Eu batizo com as águas do rio e ele batiza com o Espírito Santo”.
“Aqui dentro de mim tem um luar e uma manhã que anseia por alvorecer. Creio que o segredo é cavalgar no ventre da vida sem medo de me perder... Bem-aventurados os matagais, da floresta virgem de meu ser... Viva a ansiedade das marés do oceano virgem do meu ser”.
“Foi além da conta! É afronta o que vem dizendo esse senhor! É blasfêmia! É blasfêmia! É blasfêmia o que sai dos lábios do senhor! Exijo que o senhor se cale! Exijo que o senhor se cale! Exijo que o senhor se cale, por favor! Seu tambor invasor quer impor sonhos, delírios e ilusões.
Negro se você viu de perto, se foi testemunha, deve saber separar joio do trigo. Me diga se o ideal do nosso Mestre se parece com aquele, se parece com ele ou se parece comigo. Diga-nos com quem, amém! Do Mestre eu sou o próprio retrato, meu sacrifício é viver em celibato e é preciso coragem pra não ouvir a voz do desejo. Se tem alguém nesse planeta terrestre que tem algum direito à herança do Mestre, se levante, me conteste, vai, proteste. Quando chegar a hora do juízo, eu tenho a chave do paraíso. Quando chegar o dia, debaixo de meus pés eu verei esses santos todos em pranto queimando no fogo dos infiéis. Erguidos só nós, os escolhidos!
Negro, eu to te vendo de perto e há testemunha de que a sua história é por demais leviana. Imagine a sagrada escritura, de extrema brancura, se prestar à negrura de uma seita africana.
Daí clemência, oh Senhor da cruz, pra esse espírito sem luz!
Chega! Quem sois vós, preto-velho irritante, com essa voz petulante, pra falar de Jesus? Não admito essa seita patética, com essas santas frenéticas se envolvendo com a Luz. Se renda, se entregue ou então se defenda”.
“Já que você deu licença pra esse negro falar, não duvide da cabeça que tem coroa ou cocar. Nenhuma auréola resiste ao tempo sem se apagar, se não tiver a serviço de Deus ou de um orixá . Preto-velho vem de longe, minha crença tem estrada. Moço, exijo respeito a sua voz é malcriada. Não seja tão leviano, respeite minha Aruanda. Tem quase cinco mil anos de existência a minha banda.
Às vezes corações que ‘creem’ em Deus são mais duros que os ateus. Jogam pedras sobre as catedrais dos meus deuses iorubas. Não sabem que a nossa Terra é uma casa na aldeia. Religiões na Terra são archotes que clareiam.
Num canto da casa quem com fervor procura ajuda, tem um archote de Buda pra iluminar sua fé. Lá onde a terra pouco verdeia, pra não se perder na areia, tem que ter lá na candeia a chama de Maomé”.
“São as lágrimas da Oxum, as contas de Iemanjá, a serenidade de Nanã, a valentia de Oyá. Benditas sejam essas moças, deusas da natureza, que tiveram a gentileza de cuidar de Oxalá (Jesus). Uma dando o seu ventre, essa é a mais sagrada. Vai perpetuar seu nome. Saudações, ora-iê-iê. Saluba, Nanã, saluba! Bendito esse seu destino que preparou sua carne para ser a avó do menino. Nessa vida um bom começo é educação de berço. Olha a voz de Iemanjá, sofrendo a dor do exílio. Ela que cuidou dos filhos quando abriu o Mar Vermelho, é hoje apenas serei no reflexo do espelho. Estala Iansã! Instala a sua ventania na escrita da Cabala. Sua luz é um poema nos olhos de Madalena. De um olho d’água nasce um rio tão admirável e fecundo. Não há nenhum paralelo na história do nosso mundo como a saga das mulheres que cuidaram de Jesus”.
“Olha minha senhora, estou aqui em nome de Deus. Dou meus pêsames, minha senhora, pelo seu filho de faleceu. Essas lágrimas nos meus olhos, o ronco do meu tambor, não é só tristeza, minha senhora, é reverencia de Xangô. Eu vim aqui pra bater-cabeça nos pés de quem a luz do amor. A minha África saúda a mãe do vencedor.
Seu Ogum hasteou sua bandeira, na ponta do agadá. Omolu abençoou a madeira da cruzde Oxalá. Com cajado do tronco da oliveira, Xangô dançou pra Javé. E trazendo sua flecha guerreira, chegou Oxóssi de Daomé”.
“Desculpa de eu chegar aqui, agora. Sou intrusa, pecadora, isso eu sei. Eu vim em busca de uma tal senhora, que meu filho me dizia que era a mãe de um Rei. E eu disse pro meu filho: traga Ele aqui em casa, filho. Nada nem ninguém engana o coração de mãe. Eu posso te dizer se segues algum homem errado ou se você deve seguir seu coração. Meu filho não ouvia as coisas que eu dizia. Me acariciava os cabelos e beijava minhas mãos. E hoje terminaram os seus dias. Meu Deus, quanta solidão! Eu sou a mãe de Judas. Meu coração está sangrando, pois foi embora o meu rouxinol, meu rebento. E ele foi infeliz numa rajada de vento, numa chama sem luz. E eu vim aqui, vim para te conhecer, Maria. Ah, Maria, você é a mãe do melhor amigo do meu filho. Judas me falou de ti como quem fala de um grande abrigo. Você também perdeu sua flor e então sabe de mim. Me abrace, me toque, me dê sua mão, Maria. Hoje eu preciso do seu abrigo. Perdoe minha canção que é tão triste”.
“Não chora não, mulher. Deixa que Deus vai dar jeito. Nossos filhos não tem defeito, ainda mais quando lembramos daquelas coisinhas pequeninhas mamando no peito. Como é que a gente iria imaginar que eles estavam sujeitos aos malfeitos e maldades do mundo. Olhe, mulher, foram quase três anos que nossos filhos ficaram juntinhos quase todo dia. E aí, o coração dessa velha Maria, às vezes quase parava, às vezes quase explodia só de ouvir as más línguas dizendo que mais dia ou menos dia iriam pegar os nossos meninos. Será que os nosso meninos sabiam, mulher? E por que é que seu filho iria trair com um beijo alguém que brilhava como um relampejo? E todo mundo via. E todo mundo via. Até o forasteiro sabia o que o meu menino Jesus fazia. Olha mulher, não chore. Eu vou te lembrar agora daquela poesia linda do nosso vizinho: ‘nossos filhos não são nossos filhos. São filhos da ânsia da vida. Vem por nós, mas não nos pertencem. Podemos até abrigar seus corpos, mas não as suas almas. Nós somos o arco na mão do grande arqueiro’. Sejamos bons arcos, mulher, é o bastante. A vida não sabe andar para trás. E olha, confiai teu filho às ondas, assim como eu confiei o meu”.