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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Natal e Ano novo
Oração do umbandista
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa comunicação.
Onde há tantos que mistificam, que eu leve a palavra da verdade!
Onde há tantos que fecham os olhos para a prática do bem, que eu abra meu coração pra acolher.
Onde há tantos que usam a umbanda como comercio, que eu seja usado pela umbanda para a caridade.
Onde a vida perdeu o sentido, que através da umbanda eu leve o sentido de viver.
Onde haja a doença que eu leve a vibração da saúde do meu Pai Omolú.
Onde há desespero que eu leve o amor das Iabás.
Onde houver desânimo que eu leve a determinação de Pai Ogum.
Onde houver injustiça que eu leve o discernimento e a justiça de Pai Xangô.
Onde há tantos que me pedem um milagre que eu seja a humildade de um preto-velho.
Agradecimento pelas Dadivas
Obrigado meu Pai Oxalá
Pela fé que me sustenta
Pelos amigos que fiz e continuo fazendo
Pelas bênçãos de Ogum
Pela proteção de Iemanjá
Pelo amor de Oxum
Pela força de Iansã
Pela retidão de Xangô
Pelo colo de Nana
Pelo equilíbrio de Oxossi
Pelas curas de Omulú
Pelas cores de Oxumarê
Pelas folhas de Osanhe
Pelas Crianças que enchem
de alegria nossos terreiros
Pela amizade dos Boiadeiros
Pela humildade dos Preto-Velhos
Pelas Almas Santas e Benditas
Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira
Nós dormimos tranqüilamente enquanto outros perdem o sono pensando em nós...
Nós construímos o nosso sucesso, outros julgam nossos aplausos...
Nós temos simpatia, humildade e brilho próprio, outros tentam ofuscar a nossa luz...
Nós estamos sempre correndo na frente, outros esperam pra pegar carona nas nossas costas e tentar nos derrubar...
Nós recebemos aplausos, outros procuram saber quem nos vaia...
Nós criamos, outros copiam, porque a vida infelizmente é assim...
A novela da nossa vida outros assistem, mas nós somos os únicos autores...
Nós tememos aos invejosos? Jamais, enquanto os outros se preocupam conosco, nós nos preocupamos em ficar cada dia melhor !!! e é por estas e outras que eu me orgulho em ser umbandista.
terça-feira, 15 de março de 2011
conversando sobre Umbanda
E a Umbanda para isso, coloca inúmeras ferramentas energéticas, magísticas, espirituais e conscienciais a nossa disposição. Nós umbandistas temos o dever de repassar essas ferramentas, de fazer com que não apenas os médiuns e integrantes da corrente conheçam as “mirongas de Umbanda”, mas de forma simples e prática, devemos também repassá-las para que a assistência para que ela também se beneficie, quebrando sua dependência em relação aos guias.
Umbanda é Esclarecimento. Pois ela também nos Esclarece em relação ao mundo espiritual, as leis karmicas, de afinidades, a respeito dos Orixás e da família espiritual de cada um e do nosso papel perante todas essas diversidades.
Tantos são os assuntos que poderiam ser ventilados dentro dos terreiros para melhor desenvolvimento pessoal de cada um, pena que a maioria dos umbandistas estão mais preocupados com os fenômenos e com a manifestação física, esquecendo de se voltar para a filosofia espiritualista para sua doutrina que está no âmago e na sustentação da religião de Umbanda.
As pessoas insistem em ficar culpando a espiritualidade por suas condições pessoais, buscando jogar a culpa nos “Diabos”, mas esquecem que o verdadeiro “diabo” não é rabudo e nem tem chifres. Não é vermelhinho, nem anda com tridente algum. No entanto, espeta como ninguém, principalmente quando usa a auto-culpa das pessoas como meio comum para suas estocadas ocultas.
O verdadeiro diabo não é ostensivo, pelo contrário, é discreto demais, mas é radical em seus propósitos. Ele age na calada oculta do ego, sempre estimulando as reações extremadas, mesmo aquelas disfarçadas de causas justas, ou aquelas revestidas de aparente raciocínio crítico. Ele gosta dos corações empedernidos no ódio e das mentes ressequidas de orgulho.
O verdadeiro diabo não criou inferno algum, pois ele já o encontrou plasmado dentro das pessoas cheias de medo e culpa. E, para sua própria surpresa, descobriu que o tal inferno não é um lugar, mas um estado de consciência, mantido pelas próprias pessoas. E ainda mais: descobriu que ali não é quente, pelo contrário, é um clima sombrio e frio, sem o calor da luz e sem o viço da alegria.
Pois é, o inferno é um estado de consciência, e o diabo não é uma entidade maléfica à parte do ser humano, nem mesmo um ser criado por Deus. Não mesmo!
O verdadeiro diabo se chama IGNORÂNCIA, e as pessoas o adoram, principalmente os fundamentalistas de qualquer área, seja religiosa, técnica ou espiritualista, que simplesmente são os seus maiores divulgadores.
Esse é o diabo que precisa ser exorcizado dos homens: a ignorância em qualquer de suas manifestações.
Cuidado pois a SABEDORIA pode também se tornar ignorante. È isso mesmo a majestosa sabedoria, que é o acúmulo de conhecimentos vivenciados, através de uma nova personagem que é a VAIDADE pode se tornar sim ignorante.
O Poder da vaidade é tamanho que quando iniciamos em uma nova trajetória de conhecimento e chegamos num determinado momento dessa aprendizagem, começamos a pensar se devemos continuar e desvendar os objetivos daquele ensinamento ou se não já sabemos o suficiente e devemos parar.
Mas qual é o papel da vaidade senão proteger-nos de uma sabedoria que, se atingida, nos dará a capacidade para reconhecê-la, transferindo para nosso consciente o saber de como reconhecer atitudes de pura vaidade, tanto as nossas e quanto as das outras pessoas.
Não subestime sua vaidade! Na maior parte do tempo acreditamos que a controlamos ou mesmo que não a possuímos. Mas o que é isso senão a vaidade de não nos vermos como pessoas soberbas.
Quando somos obrigados a abandonar algo, que reconhecemos como fonte de algum prazer, alegando, por exemplo, que não temos interesse, é a vaidade novamente salvando-nos, ao satisfazer o inconsciente com a falsa percepção de que não carecemos desse prazer e, por isso, não continuamos adiante. Nesse momento, a vaidade troca a batalha da sabedoria que nos impulsionaria a encontrar formas para atingir aquele prazer, direcionando-nos diretamente para as glórias da ignorância que nos permite “imaginar saber” como seria desfrutar daquele prazer.
Mas, ter sabedoria é bem diferente de obter informação, pois, enquanto a informação se resume em quanto conteúdo que alguém pode assimilar sobre um determinado assunto, mesmo sendo este conteúdo fruto a sabedoria do outro; a sabedoria, na realidade, representa o processo psíquico que organiza de forma racional qualquer fato, acontecimento, informação ou pensamento, permitindo que nós mesmos reconheçamos seu conteúdo, e o colocamos em prática no nosso dia-a-dia.
Por sua vez, a ignorância é bem diferente de desconhecimento, pois, enquanto o desconhecimento representa apenas tudo àquilo que ainda não foi vivenciado ou apreciado por nossa razão, incorporando-se ao nosso inconsciente como conhecimento ou enquanto forma de saber; a ignorância é a consciência que temos da ausência do conhecimento.
Mas o que a vaidade tem a ver com tudo isso?
A vaidade surge em nossas vidas ainda na infância, quando passamos a ter a percepção de nós mesmos e com o tempo, enquanto evoluímos, ela evolui também. O problema é que a vaidade pode evoluir mais, ou menos, que nós mesmos evoluímos enquanto seres humanos e de forma “independente”, posto que a vaidade é fruto de nossa “psique”.
Ficou confuso! Mas, é isso mesmo! A vaidade evoluindo mais ou menos que nossa personalidade (nós mesmos), sempre influenciará nossas atitudes e, por ser “independente”, subjuga nossa sabedoria ou desperta nossa ignorância, evitando, assim, que atinjamos o saber, e passamos a barganhar com nós mesmos ofertas de um pouco de conhecimento ou algo que nos dê prazer.
Assim, a IGNORÂNCIA é a prisão da SABEDORIA e a VAIDADE sua fiel sentinela.
Então, esse é o momento de adquirir conhecimentos para transformar as experiências da vida em sabedoria, para assim vencer a ignorância e desfrutar de todo prazer que puder obter. Não desista ainda, pois se você chegou até aqui é porque seu inconsciente (sabedoria) está interessado em evoluir e, assim, poder tirar suas próprias conclusões com base no conhecimento (do saber) vencendo a ignorância (do desconhecimento).
Acredito que agora você já esteja conseguindo identificar a diferença entre possuir uma informação e ter conhecimento.
Quem nunca presenciou debates onde os participantes buscam primeiro defender seus pontos de vista de modo a sobressair aos do outro! Onde está o debate em torno do tema?
O que vemos aí é apenas a vaidade de cada um que, escondendo a ignorância, luta com os mais ardentes argumentos para que suas informações (desconhecimentos) não sejam vistas como inverdades (ignorância).
Infelizmente, nós criamos o hábito de valorizar, por pura vaidade, aqueles que, de alguma forma, mesmo que reprováveis, conseguiram alguma posição ou prestígio social, e quando fazemos isso, não nos damos conta de que nosso próprio esforço, conhecimento, realizações, etc, somente terão o reconhecimento merecido quando, de alguma forma, estivermos de outro lado, em igual situação.
Devemos aprender a valorizar o saber, o conhecimento. Um sábio acaba frustrando nossa vaidade, pois nos obriga a pensar para chegar às nossas próprias conclusões, mesmo com o risco de fracassar, ao passo que o ignorante apenas afirma o que já sabemos, dando-nos a falsa impressão de possuir tanto saber quanto ele, não nos acrescenta nada, mas acabamos nos sentindo valorizados. Vaidade, vaidade, vaidade… tudo é vaidade.
Lembre-se: Tem coisas que nenhum passe, nenhuma magia, nenhum banho ou defumação irá resolver. Mas talvez uma boa conversa, um bom livro ou apenas uma nova visão em relação à vida ou a situação possa ajudar a mudar.
A Umbanda está cheia de milagres e encantos, cheia de exemplos de superação, simplicidade e humildade. Mas esses milagres e encantos, esses exemplos são simples, acontecem a todo o momento, que acabamos por banalizá-los e não os percebendo. Faz-se necessário que deixemos nossa vaidade de lado, acabando com a ignorância, para que assim possamos seguir rumo a evolução proposta pela UMBANDA.
Então, escute, ouça, sinta… Seja um com Ele! Nisso reside todo Mistério.
A importancia do estudo na umbanda
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A INCORPORAÇÃO
VEJO TUDO ESTOU MISTIFICANDO?
Busca da Inconsciência
Início da Mediunidade – Por que ficamos ansiosos?
E o velho adágio popular é verdadeiro : “Pau que nasce torto, morre torto”...
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO
MEDIUNIDADE
MÉDIUNS DE UMBANDA
- Tomar os banhos necessários;
- Fazer sempre firmezas para os guias;
- Se preparar para uma boa concentração;
- Buscar uma boa irradiação;- Manter uma boa vibração;
- Nunca passar à frente dos guias.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
O porque dos Pontos Cantados
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
DESENVOLVIMENTO
domingo, 13 de fevereiro de 2011
significado de alguns nomes ciganos
Cigano Ramirez: Guerreiro Ilustre
Cigana Esmeralda: A Preciosa, Verde Brilhante
Cigana Alba: Branca, Alva
Cigana Alzira: Ornamento, Beleza
Cigana Amapola: Bela Flor
Cigana Aurora: Deusa Da Manhã
Cigano Bóris: Batalhador, Forte Guerreiro
Cigana Carmen: Poema, Poesia, Versos
Cigana Carmecita ou Carmela: Jardim Divino
Cigana Constância: De Caráter Forte
Cigano Cristiano: Cristão
Cigana Dalila: Mulher Dócil
Cigano Diogo: O Conselheiro
Cigana Dolores: Lamentações
Cigana Florisbela: Bela Flor
Cigano Gonçalo: Salvo na Guerra
Cigano Iago: Aquele que venceCigano Igor: Príncipe Da Paz
Cigana Jade: Preciosa
Cigana Jasmim: Flor Jasmim
Cigana Leoni: Leoa
Cigano Manolo: Deus Está Conosco
Cigano Miro: Fragrância de Mirra, Pessoa Maravilhosa
Cigana Natasha: Dia Do Nascimento
Cigana Nazira: Pessoa Distinta
Cigano Nicholas ou Nikolai: Povo Vitorioso
Cigano Ramon: Protetor Poderoso
Cigano Ruan ou Juan: Deus é Poderoso
Cigana Safira: Graciosa
Cigana Sarah: Princesa
Cigana Soraya: Estrela Da Manhã
Cigana Samara: Protegida por Deus
Cigana Tâmara: Fruto Doce
Cigano Tarim: Capricho Vitorioso
Cigano Valter: Comandante do Exército
Cigano Vladimir: Regente
Cigana Zaíra ou Zaira: A Visitante, A Florida, De Pele Brilhante
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
OS PERIGOS E CONSEQUENCIAS DA MEDIUNIDADE MAL ORIENTADA
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Anjos da guarda na umbanda
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um "fortalecimento para o anjo de guarda", ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.
E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.
O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d'água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.
Seu Anjo da Guarda te Chama!
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: "_fulano seu anjo da guarda te chama!"
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.
Gestação e Espirito
Um espírito é uma forma de energia, em seu ser este espírito não tem definido se é do sexo masculino ou feminino, através de suas várias reencarnações o espírito acaba tomando uma linha de segmento por sua própria vontade, ou reencarna sempre como mulher ou reencarna como homem, isso pode ser mudado, depende muito do karma que ele carrega, por exemplo, um espírito é reencarnado como homem, mas durante a última reencarnação foi violento com uma mulher, bateu, maltratou, humilhou, prejudicou, estes são todos atos, ações que vão provocar uma reação da ordem divina, este espírito para compreender o mal que estava fazendo, provavelmente vai ser reencarnado em uma mulher. Por Deus foi determinado que a espécie feminina é a mais fraca, não em inteligência, mas sim em força física, e também o sexo feminino alem de ser o mais fraco em força física é o que tem mais força para suportar grandes traumas, como por exemplo a dor de um parto. Quando está determinado por Deus que o espírito vai voltar aqui na terra e ter uma nova chance de se reencarnar, o espírito já tem o pressentimento de que lhe foi dado uma nova chance sem que alguém venha lhe comunicar pessoalmente, ele não tem a certeza absoluta ainda só o pressentimento mesmo assim começa a se preparar. Quando vai chegando mais perto do momento da concepção do óvulo com o espermatozóide, o espírito vai tento uma reflexão de todos os seus erros cometidos em várias reencarnações e em especial na última, por ele próprio acaba se programando para sua nova vida, seus pecados que lhe provocaram um karma espiritual, vão sendo colocados em evidência, os outros espíritos que lhe são mais próximos já lhe avisam, você meu amigo vai voltar e ter uma vida pobre, ou vai ser um deficiente, ou rico, por exemplo, vai ser em sua nova vida uma mãe que sofrerá para criar seus filhos. Nesta faze tudo é pura ansiedade, nunca se tem à certeza, é como saber que vai acontecer e ao mesmo tempo, saber que alguma coisa pode desviar os acontecimentos. O espírito geralmente reencarna no mesmo grupo de familiares ou amigos que já teve em outras vidas, para acertar ou desfazer antigas brigas, ou até mesmo para conseguir perdão de antigos inimigos, muitas vezes Deus coloca no seio de uma família que já está se evoluindo espiritualmente um espírito rebelde que ao nascer vai ser educado conforme os conceitos daquela nova reencarnação, isso para ele se melhorar e se adiantar. Por isso que existe aquele termo “ovelha negra da família”, a família tem uns costumes, tem hábitos, e de repente, nasce um filho que parece ser totalmente diferente, que não aceita ordens, não se ajusta a vida social, não reconhece o pátrio poder. Estes espíritos que tem estes desajustes são colocados sob a responsabilidade de um casal em um seio novo de família exatamente para ele ser adaptado, para ter a chance de conhecer novos ares e se redimir com Deus. Na hora em que o óvulo é anexado ao espermatozóide dentro do útero de uma mulher, existem energias ali, positivas ou negativas nas paredes do útero, no seu corpo que definem o estado das primeiras células, se vão estar em estado negativo ou não. Após a fecundação, tudo já está determinado por Deus, de maneira indireta, que é através de seus auxiliadores espirituais, qual vai ser o espírito que vai ter a graça de poder se reencarnar naquela vida que está se formando. Surge então um fio muito fino feito de energias que liga o pequeno feto ao espírito que foi escolhido, o espírito a partir daí já tem a certeza de sua reencarnação e fica em estado de alegria, de euforia em saber que vai ter uma nova chance de pagar seus pecados e se evoluir espiritualmente, começa a fazer mais planos de tudo o que pretende fazer para que não caia em armadilhas e fique estacionado no plano espiritual, sente um grande amor vindo de Deus em se lembrar dele e se promete em ser um homem ou mulher de boa índole para não cair nos vícios mundanos outra vez. Este fio percorre longas distancias, e não tem possibilidade de se partir, porque ele é continuo e se renova sempre com as energias da criação. Primeiro Mês O espírito que está ligado ao feto por um fio começa a sentir um torpor, uma certa sonolência em pensar, fica mais difícil agir, o fio que os une fica mais grosso, no final do primeiro mês ele já tem mais ou menos dois milímetros de diâmetro. Segundo Mês Ainda com consciência o espírito procura um contato com seus futuros pais, tenta participar de sonhos durante a noite, tenta um contato, tem vontade de se revelar e pedir a seus pais que o aceitem. Terceiro Mês O cordão que une o espírito ao feto já é mais grosso, como um cordão umbilical, só que de pura energia, se havia energias negativas na hora da concepção, ocasionadas por um estupro ou quem sabe por um amor mentiroso, estas energias há esta hora já se tornaram positivas, porque o amor materno já é mais forte e acaba purificando as energias do feto e do cordão que une o feto ao espírito. Quarto Mês Há esta hora o espírito que está ligado ao feto esta completamente adormecido para vida espiritual e começa a ter uma vida intra-uterina, brinca, se mexe, às vezes este período se dá no terceiro mês, suas lembranças da vida passada e da vida espiritual vão se guardando no subconsciente, que por sua vez são transferidas ao perispírito que já está se anexando ao novo corpo, em seu celebro ficam gravadas vagas lembranças, as coisas que o espírito sabe, como tocar música, situações que marcaram muito, coisas que aprendeu em vidas passadas, ficam marcadas na memória do bebê, de forma que quando ele crescer vai ter mais facilidade ou aptidões ligadas a experiências do espírito. Se em uma vida passada o espírito foi um músico, o bebê vai ter ao nascer as aptidões para música, se este espírito em uma vida passada faleceu de morte por afogamento, nesta nova vida ele vai ter um trauma natural pela água. Se for provocado um aborto intencional há esta hora, o espírito que está ligado ao bebê mesmo estando fora da barriga ou já anexado ao bebê, mesmo sendo a partir do primeiro mês, ou no segundo mês, o espírito sente tudo que está acontecendo, porque seu perispírito já está no bebê e já tomou a forma de seu corpo. Se for um aborto químico, com remédios, o espírito vai ter dores horríveis, e sentir efeitos de drogas poderosíssimas fazendo com que ele tenha delírios, enrijecimento de músculos e dores abdominais, efeitos de veneno em dose amplificada por se tratar de um feto, estas coisas o espírito sente até o último instante em que o coração do feto bate. Não matarás Se for um aborto com raspagem a frio, o médico usa um aparelho como uma concha e raspa o colo do útero da mulher, tirando o bebê a força e quebrando os ossinhos, os braços e pernas sendo arrancados, esmagando também seu peito com o uso do aparelho. Muitas vezes o feto é retirado em partes, ele se despedaça com a violência do ato em si, isso tudo o espírito que já está ligado a aquele feto sente de maneira extremamente real, sofre todas as dores com uma intensidade bem maior que o normal. Estas dores são muito fortes, as vezes ocasiona revolta contra seus quase futuros pais. Quinto Mês Neste mês o espírito já com seu perispírito anexado ao bebê e com o cordão umbilical feito de energia espiritual já com dois centímetros de diâmetro, se o espírito não estiver ainda no corpo do bebê, este cordão atrai o espírito para junto de seu perispirito, nesta hora o espírito se incorpora de maneira definitiva ao bebê e começa a ter informações vindas do celebro do bebê com mais intensidade, carinhos que a mãe faz, vozes, barulhos, tudo isso vai ficando registrado no espírito do bebê que já está ali dentro da barriga da mãe, os pensamentos do espírito e sua consciência começam a voltar gradualmente, mas já usando os neurônios ainda em formação do bebê, portanto o espírito nesta hora já está pensando como um bebê. A partir deste mês já está completa a transferência, a reencarnação de uma nova vida. Sexto Mês No sexto mês em diante o espírito já está completamente em nosso mundo, reencarnado, e daí para frente ele procura se adaptar ao novo corpo que lhe foi dado por Deus, seus pensamentos mesmo tendo algum karma a resolver aqui na terra, seus pensamentos são inocentes, as energias estão renovadas e em positividade, o espírito vai ter uma chance de recomeçar do zero na vida carnal.
Significado dos Sonhos
Nós temos em nossa vida de seis a oito horas de sono por dia, isso multiplicado por trezentos e sessenta e cinco dias e depois vezes setenta anos, que é a média de vida de um ser humano, chegaremos a conclusão que se trata de muito tempo, mais ou menos 23 anos dormindo. É fácil de se fazer esta conta, um terço de nossa vida estamos dormindo, daí uma pessoa que tem trinta anos, dez anos de sua vida foi passado dormindo, o sono é uma forma biológica de se descansar o corpo e se refazer energias, este tempo todo não é desperdiçado só para descanso do corpo. Após o sono se iniciar, temos uma faze em que estamos meio acordados e meio dormindo, o nosso corpo já está em descanso, mas ele está revendo os acontecimentos que se passaram durante o dia, nesta faze o nosso celebro recebe do corpo e do espírito informações de fatos acontecidos naquele dia que marcaram, preocupações, coisas que deixamos sem resolver, são como se você estivesse vendo pequenos pedaços de filme, sem seguimento e sem continuidade, são lembranças, o corpo participa destas lembranças com a memória dos lugares, as visões, o espírito participa com as preocupações do dia a dia que foram de certa maneira mal resolvidas. Toda esta faze do sono acarreta pequenos sonhos em nossa memória, você falando ou andando, ou caindo, ou sendo assaltada, os medos nossos que ficam expostos, o nosso subconsciente vem a tona através do espírito, nossos maiores receios, são colocados em evidência pelo espírito, isto acaba ocasionando um sonho, nosso celebro é uma espécie de processador de um computador em forma biológica, ele repassa informações para que possamos dormir um sono mais profundo, para que neste sono mais profundo nosso corpo realmente descanse, neste estado mais profundo do sono o nosso espírito não tem necessidade de descansar seu corpo. O corpo de um espírito é formado pelo perispírito, que é pura energia, este perispírito fica preso ao corpo em descanso e o espírito sai, por isso que muitas vezes sonhamos que estamos ao nosso lado nos vendo, às vezes por cima e às vezes no pé da cama, nesta hora o nosso espírito esta se desligando de nosso corpo e deixando o perispírito ali, tudo que o espírito vê e ouve, os acontecimentos que se passaram dali por diante naquela noite serão transmitidos ao perispírito, que por sua vez deixará marcas brandas nos neurônios do celebro no corpo. A intensidade destas marcas no celebro formarão uma memória um conjunto de impressões, quanto mais impressões forem deixadas, mais detalhes serão lembrados. Nosso corpo é muito rústico, muito pesado, nosso espírito tem que querer tem que ter vontade que lembremos de suas experiências durante a noite, para isso ele usa energias espirituais, com sua força espiritual ele consegue se quiser e se for permitido pelos espíritos que lhe acompanham, nos dar uma nítida lembrança de tudo que houve em sua jornada, estas lembranças só são permitidas na integra quando se trata de ajudar, ou interferir em um acontecimento. O sonho portanto em seu estado mais profundo é a libertação do espírito para que ele se livre por algumas horas do peso de carregar nosso corpo, estar preso ao nosso corpo, nesta libertação nosso espírito tem possibilidade de participar de reuniões com outros espíritos, ser acalentado por outro espírito por algum problema que esteja passando em sua vida física, uma tragédia por exemplo, ele recebe conselhos espirituais, tem a vivencia espiritual igual a um espírito desencarnado, procura aprender mais, procura se informar de tudo que acontece a sua volta, visita pessoas que estão encarnadas, é por isto que as vezes acordamos com algum pressentimento. Uma mãe que ama seu filho ou filha tem o pressentimento desta maneira sobre alguma coisa de incomum que está acontecendo com seu filho que está às vezes muito distante, estes pressentimentos são impressões que foram deixadas durante a noite pelo espírito diretamente no celebro através de seu perispírito. Os jogos com números, as adivinhações de bichos em loterias, as previsões de acontecimentos futuros são pura coincidências que acontecem às vezes, uma pessoa sonha que está andando de bicicleta e joga no cavalo, isso não tem razão nenhuma de ser, não tem fundamento, Deus não permite de forma nenhuma que uma pessoa saiba do futuro, ou tenha revelação de seu futuro, porque ele ainda não aconteceu, ele ainda não existe, o nosso futuro tem milhões de possibilidades de acontecimentos e pode a todo instante ser mudado, nós plantamos o nosso futuro. No espiritismo não se acredita em adivinhações e previsões, tudo que acontece com o ser humano durante sua vida, já está de certa forma traçada, mas de uma maneira diferente, quando nos reencarnamos aqui na terra temos a chance de reparar um erro em que cometemos em outra existência, e também a chance de nos evoluirmos, estes erros ocasionam karmas espirituais, situações em que teremos de enfrentar aqui em nossa vida que já estão predestinadas, por exemplo, um pai que abandonou seus filhos, que os fez sofrer, ou batia constantemente, em uma nova reencarnação este pai vai sofrer os mesmos momentos que ele infligiu aos seus filhos, para que seu espírito compreenda que aquilo que ele fez foi errado e causou sofrimento a outras pessoas. Se em uma existência anterior uma pessoa foi pobre, sua vida foi coroada de amor ao próximo, seus atos revelaram um grande ser humano, ela desencarnou, logo em uma próxima existência possivelmente este mesmo espírito vai reencarnar, e de alguma maneira já predestinado a ganhar um prêmio de loteria ou nascer já em um berço de ouro, mas toda esta transformação não é um presente, mas sim um teste para se ver se este espírito vai se comportar da mesma maneira, com amor ao próximo, um teste infligido muitas vezes por Deus, porque é mais fácil passar pelo teste da cobiça, da avareza, e da falta de fé sendo pobre. Com uma pessoa que grandes posses a facilidade de se cair em tentações e de se fechar em seu próprio mundo, deixando as coisas de Deus de lado, é maior, é mais fácil o espírito decair porque tudo lhe vem a mão, sem o suor.
Cemitério
O cemitério traz um grande paradigma para as pessoas, por ser um local onde os corpos sem vida são depositados. Talvez o medo, malestar de estar ou ir ao cemitério refere-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as pessoas vibram ao dirigir-se e estar no local. Isso acaba gerando um holopensene* de tristeza, devido ao parente/amigo que morreu na visão da maioria. OBS: Holopensene: Atmosfera psíquica do ambiente, resultado da somatória dos pensamentos e energia das pessoas que o frequentam. É a "auracoletiva" do lugar em questão. Esse tipo de designação é muito utilizada na conscienciologia e na projeciologia. Toma-se uma sensação de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão. Por tal motivo o cemitério em uma visão profana é sinônimo de um recinto "pesado" energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e perdidos. Esse contexto está presente em muitas mentes umbandistas com certo grau de esclarecimento sobre espíritos ou o próprio ponto de força. Quantas vezes não ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um atrator natural de cargas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão. Claro que se ligarão à aqueles que se colocarem no campo santo de uma forma profana ou com sentimentos e pensamentos negativos, afinal os afins sempre se atraem. Mas para aquele umbandista, esclarecido, que no seu terreiro cultua o Pai Obaluaê e o Pai Omolu deveria encarar a ida ao campo santo como um ato religioso divino, pois ao entrar está pisando em solo sagrado, em mais um divino ponto de força do nosso amado divino Criador, assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras, etc. O cemitério é o ponto de força natural do querido Papai Obaluaê e Papai Omolu. Pai Obaluaê, senhor das passagens, transmutador de tudo na vida. Da morte do corpo físico para o corpo espiritual, assim vice-versa. Sr. das passagens, da doença para a cura, do ódio para o amor, da busca de dias melhores, etc. Na Umbanda chamado como Sr. das almas, traz a todos uma enorme calmaria, um bem estar e bastante estabilidade. E postando-se de uma forma e atitude sagrada, quando aquietamo-nos no cemitério sentimos essa mesma sensação, silenciosa e calma. É nítida a semelhança do local (ponto de força) com o Orixá, pois os dois são unos e se completam. Há também a força do Orixá Omolu, Sr. da morte, paralisador de tudo que chegou ao ponto determinado perante a Lei Maior. Sua qualidade paralisante é um meio de "parar" tudo e todos que estiverem criando e gerando em caminho inverso, oposto e desvirtuado ao Divino Todo. Omolu corta nossa ligação material para espiritual (desencarne), pune aqueles que atentaram e desvirtuaram-se na vida, Orixá guardião divino dos espíritos caídos. Um paizão que também nos ajuda a dar o fim aos nossos vícios, a morte à ignorância, morte ao ego e a vaidade. Por todos esses motivos não devemos temer esse local sagrado e os Orixás regentes desse magnífico ponto de força. Uma oferenda, oração realizada desencadeia um processo extremamente positivo para todos que se colocarem em respeito e principalmente de coração aberto e puro para receber a bênção. Ao entrar no campo santo, cruzem o solo em reverência às forças do alto, embaixo, esquerda, direita, e que o lado sagrado abra-se para você naquele momento. Peça licença aos Srs. Orixás Obaluaê, Omolu,Iansã das almas e Ogum Megê. Também aos senhores exus e pombagiras da porteira. Façam aquilo que tiver que fazer, com amor, dedicação e respeito. E sintam-se agradecidos por serem umbandistas, por ter essa oportunidade maravilhosa que é de louvar nossos pais e mães orixás em seus pontos sagrados. E tristeza, pra que no cemitério? Afinal nunca morremos, apenas passamos de um estágio para o outro.
Amalá dos Orixás'
Amalá de Oxum Ervas para o Banho de Descarrego: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica,Trevo Azedo ou Grande, Chuvade Ouro, Manjericão, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calêndula, Alfazema. Amalá: 7 velas brancas e 7 amarelo claro, Flores Amarelas, água mineral canjica amarela, fitas amarelo claro e branca.Local de entrega: ao lado de uma cascata.
A tristeza dos Orixás
Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:— Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? — ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade. — Desculpe, sabe, ando meio ocupado. — Respondeu um triste Ogum. — Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. — É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a " espada da Lei" que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles...Estou cansado... Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não via nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava: — Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição... Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado... Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua alfanje da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua alfange aos pés de Yemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso... Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Um a um, todos foram se despindo e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente se apresentam. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:—Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! —Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:— Espere! Pensou Yemanjá! — Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun: —Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir... Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros iriam se juntar nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.Em Aruanda, os caboclos, pretos velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.Miríades de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás. Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso.E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem a Eles. Sejam LUZ, assim como Eles!